DF tem menor taxa de analfabetismo e maior índice de instrução educacional do país
Dados do IBGE também apontam que o DF lidera ranking de média de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais
Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília
Em 2023, o Distrito Federal tinha cerca de 42 mil pessoas de mais de 15 anos analfabetas. O número coloca a capital do país como a unidade da federação com a menor taxa de analfabetismo do Brasil (1,7%). Os dados são da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre Educação, divulgada nesta sexta-feira (22).
No DF, os dados colhidos pela pesquisa revelam que a taxa de analfabetismo está ligada à idade da população. Quanto mais velho o grupo etário, maior a proporção de analfabetos. No ano passado, por exemplo, 26 mil pessoas com 60 anos ou mais eram consideradas analfabetas. A avaliação do IBGE é que as gerações mais novas estão tendo maior acesso à educação.
Em relação a gênero, o analfabetismo atinge mais as mulheres. Entre as pessoas de 15 anos ou mais, 1,8% dos analfabetos eram do sexo feminino, contra 1,5% do sexo masculino. Além disso, nessa mesma faixa etária, 1,4% das pessoas brancas eram analfabetas, enquanto 1,9% das pessoas pretas ou pardas não sabiam ler ou escrever.
Maior nível de instrução
Segundo a PNAD, 73,6% das pessoas do DF com no mínimo 25 anos terminaram, pelo menos, o ensino médio. O percentual é o maior do país.
Na análise por raça ou cor, no entanto, há desigualdade para pretos ou pardos. Enquanto 80,1% dos brancos haviam completado o ensino médio, o percentual de pretos ou pardos com o mesmo nível de escolaridade era de 69,1%, uma diferença de 11 pontos percentuais.
Os dados do IBGE relevam ainda que o DF tem o maior tempo médio de tempo de estudo da população com mais de 25 anos. A média é de 12,2 anos, valor que cresceu desde 2016.