DF vai contratar 100 médicos para reforçar combate à Covid-19
Contratação é temporária e equipe de reforço deve atuar por 12 meses nos hospitais públicos
Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília
Mais de 100 médicos devem reforçar as equipes de combate à Covid-19 na rede pública de saúde do Distrito Federal. O secretário de Economia, José Itamar Feitosa, assinou nesta quinta-feira (3) a autorização para o processo seletivo simplificado.
Pelo menos metade dessas vagas pode ser destinada ao cadastro reserva. A medida está publicada no Diário Oficial do DF. Os contratos são temporários e têm validade de 12 meses. A carga horária prevista é de 20 horas semanais.
Essa é uma das medidas adotadas pelo governo para controle da pandemia na capital federal, que atravessou uma explosão de infecções ao longo dos meses de janeiro e fevereiro deste ano, mas que nos últimos dias, têm dado sinais de arrefecimento. Enquanto isso, nesta quinta, o governador Ibaneis Rocha vai se reunir com integrantes do GDF para avaliar a flexibilização de medidas de contenção dos contágios.
Leia também
Um levantamento de pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), divulgado há um mês, já apontava que apesar de o número de profissionais ser maior nos hospitais públicos, a rede particular contratou mais médicos ao longo da pandemia.
Com isso, embora a proporção atual de médicos no DF seja de 52% alocados em unidades públicas e 48% em privadas, a rede particular ampliou os vínculos empregatícios em 23%, enquanto o aumento na Secretaria de Saúde foi de 8%.
Pandemia
O boletim epidemiológico divulgado nessa quarta (2) pela secretaria de Saúde, aponta que foram notificados 1.227 novos diagnósticos no DF, e 11 óbitos em decorrência da doença foram computados. Com isso, o número de casos ativos está em 8,5 mil. A taxa de reprodução do coronavírus chegou a 0,66, o que indica desacelaração do ritmo de contágios na cidade.
Leitos
Outro indicador são as vagas em UTIs. Depois do aumento expressivo dos casos, a Saúde anunciou um plano de mobilização de leitos para ampliar a oferta. Ao longo de várias semanas, os hospitais operaram com a capacidade máxima de lotação.
Atualmente, 141 leitos estão mobilizados nos hospitais públicos para acomodar pacientes acometidos pelos sintomas mais graves. Com isso, a taxa de ocupação está em 63,41%, há 45 leitos vagos. No entanto, nenhum deles é pediátrico, e com isso, 100% dos 10 leitos para esse público estão tomados.