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R7 Brasília

Diretor separa briga de duas alunas em frente a uma escola do DF; veja vídeo

Adolescentes foram suspensas; diretor diz que conflitos como esse não são comuns, mas tia de aluno contradiz a versão do gestor

Brasília|Paloma Castro*, do R7, em Brasília

Duas estudantes que brigavam na frente de uma escola pública no Distrito Federal foram separadas pelo diretor da instituição, na manhã desta terça-feira (9). O episódio na porta do Centro de Ensino Fundamental 26 (CEF 26), em Ceilândia, foi filmado por outros alunos, que compartilharam as imagens nas redes sociais (veja no vídeo acima).

As duas adolescentes foram suspensas, e o motivo do conflito foi considerado "sem justificativa ou inútil", pelo diretor da unidade de ensino, Roberto Napoleão. Ao R7, o gestor disse que eventos como esse não são frequentes na escola.

"Aqui do lado de fora não é comum ter brigas, os alunos atendem o nosso chamado. Foi uma insanidade isso ter acontecido, mas eu conversei com os pais, e eles vão orientar as duas alunas", afirmou Napoleão.

Momento em que o diretor separa as duas estudantes foi registrado por outros alunos
Momento em que o diretor separa as duas estudantes foi registrado por outros alunos

No momento da discussão, uma mulher que foi buscar o sobrinho na escola presenciou a cena. Segundo Gecione Alves, 49 anos, essas brigas são frequentes, o que contradiz a fala do diretor.


"Eu já cheguei a separar uns estudantes no ano passado, na mesma situação, porque não tinha ninguém para afastar eles", disse a mulher, que é assistente social e diz acreditar que para evitar brigas e discussões é preciso que os alunos tenham acompanhamento psicológico no ambiente escolar.

"As escolas deveriam colocar assistentes sociais, psicólogos e toda uma equipe multidisciplinar que orientem os alunos e seus pais", sugeriu, defendendo ainda a importância do policiamento nos arredores das escolas.


O diretor Roberto Napoleão destacou que quando acontecem discussões no espaço escolar, os demais alunos buscam sempre comunicar a direção na tentativa de desmotivar os conflitos. "Eu costumo dizer para todos que os problemas deles são os meus. E que aqui nós iremos resolver tudo no diálogo", enfatizou o diretor.

"Desde o início do ano a escola tem trabalhado com palestras com os alunos sobre os perigos da violência, e que ela não justifica nem resolve nenhum problema", acrescentou Napoleão. Em relação ao batalhão escolar, ele disse que recebe apoio policial semanalmente na instituição.


Canivete

No Centro de Ensino Fundamental 405, no Recanto das Emas, um adolescente de 16 anos feriu dois colegas com um canivete, no final de junho. Uma das vítimas foi atingida com dois golpes nas costas; outro menino ficou ferido na mão esquerda. Os dois foram levados ao Hospital Regional de Taguatinga. O autor da agressão foi identificado eo acompanhado pela direção da escola e pelo Batalhão Escolar da Polícia Militar. Outro estudante, de 15, teria emprestado o canivete a ele.

Jovem aponta revólver para o rosto de aluna, no DF
Jovem aponta revólver para o rosto de aluna, no DF

Em março, o Governo do Distrito Federal apontou 126 escolas públicas como violentas. De acordo com um levantamento feito pela Secretaria de Educação, as unidades ficam em São Sebastião, Ceilândia e Plano Piloto e representam mais de 18% dos 690 estabelecimentos da capital.

Naquele mesmo mês, uma mulher apontou uma arma para o rosto de uma estudante em frente ao Centro Educacional São Francisco, em São Sebastião. No mesmo dia, no Colégio Fundamental do Bosque, também em São Sebastião, um estudante de 15 anos esfaqueou uma colega de 14. Dias antes, na mesma região, três homens assaltaram um ônibus escolar.

*Estagiária sob a supervisão de Fausto Carneiro.

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