Distrito Federal teve a maior incidência de dengue do país no primeiro semestre
São 9.635 casos a cada 100 mil habitantes, valor mais que três vezes maior que a média do Brasil
Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília
O Distrito Federal se manteve, durante os primeiros seis meses do ano, como a unidade da federação com a maior taxa de incidência de dengue. Atualmente, são 9.635 casos a cada 100 mil habitantes no DF, e mais de 270 mil casos prováveis da doença. O segundo lugar é de Minas Gerais, que tem uma taxa de 8.115,9, seguido do Paraná, com 5.538,3; a média do país é de 3.079,6.
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Quando se trata de número de mortes, o DF está em quarto lugar, com 417 confirmações. As primeiras posições são ocupadas por São Paulo (1.335), Minas Gerais (774) e Paraná (563).
O governo do DF decretou situação de emergência por causa da doença em 25 de janeiro, e segue até o momento. De acordo com o boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Saúde) atualizado nesta sexta (5), os casos de dengue no primeiro semestre representam um aumento de 1.119,5% se comparados ao mesmo período de 2023.
Ceilândia é a região administrativa com maior número de casos absolutos (32.708). Samambaia (19.814), Santa Maria (16.166), Taguatinga (13.983) e Gama (11.622) estão atrás. Essas cinco regiões concentram 34,8% dos casos prováveis de todo o DF.
Quando se trata de taxa de incidência, entretanto, Brazlândia é a RA com os números mais altos. São 14.023,29 casos de dengue por 100 mil habitantes. Varjão (12.300,51) e Santa Maria (12.193,31) são as seguintes.
Nas últimas quatro semanas, Varjão é a única RA do DF ainda classificada com alta incidência — 300 casos ou mais para cada 100 mil habitantes. três regiões administrativas possuem incidência média — entre 100 a 299,9 casos — e 30 têm baixa incidência — menor que 100 casos. Água Quente é considerada com incidência silenciosa, por ter poucos casos registrados.
Quando se trata do perfil, a maioria dos pacientes de dengue no DF é mulher (54,7%), e a faixa etária com mais casos da doença é de 20 a 29 anos, seguido por 15 a 19 anos e 50 a 59.