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Elmar resiste a renunciar à sucessão na Câmara, mas diz: ‘candidatura pertence ao partido’

Após a reunião, Elmar Nascimento reafirmou que continuará a corrida e que conversará com Hugo Motta

Brasília|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília

Elmar resiste em renunciar sucessão à Câmara, mas admite: ‘candidatura pertence ao partido’
Elmar resiste em renunciar sucessão à Câmara Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Contrariando a orientação do partido, o deputado Elmar Nascimento (BA), líder da União Brasil na Câmara, declarou nesta quinta-feira (31) que hesita em anunciar sua desistência na disputa pela presidência da Câmara, mas admite: “a candidatura não me pertence; pertence ao meu partido e aos que me apoiam”.

“Não posso desistir do que não é meu. A candidatura é do meu partido e dos outros partidos que me acompanharam. Tenho compromisso com pessoas que me apoiaram”, afirmou o deputado ao chegar para uma reunião com os dirigentes de sua legenda, onde discutiriam o futuro de sua candidatura.

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Após a reunião, Elmar Nascimento reafirmou que continuará a corrida e que conversará com Hugo Motta e outros envolvidos nas “pré-campanhas”, incluindo o deputado Antônio Brito (PSD-BA) e o presidente do PSD, Gilberto Kassab.

“Permaneço como candidato. Não tenho objeções em desistir ou seguir em frente. Minha candidatura pertence ao meu partido e aos que me apoiam. Isso representa um voto de confiança da bancada para podermos ter mais uma reunião e tomar uma decisão coletiva”, disse.


Elmar explicou que Motta ligou para ele e afirmou que o “diálogo é sempre salutar”. No entanto, também interessante que se encontraria com outros candidatos. “Também vamos encontrar com o candidato Antônio Brito, com quem fez um pacto de apoio recíproco no segundo turno.”

Segundo Elmar, a partir das conversas, poderá haver “algum tipo de avanço”. Ele destacou que uma decisão deve ser definida “ainda esta semana”.


Pressões internas x Aliados

Elmar, que enfrentou pressões internas desde quarta-feira (30) para abandonar a disputa, destacou que não coloca sua vontade pessoal acima do desejo de seus companheiros e ponderou: “Se todos pedirem para eu desistir, eu tenho que refletir sobre isso. Não posso botar minha vontade pessoal acima da vontade dos companheiros.”

O líder do União Brasil relembrou também as dificuldades encontradas durante o processo de sucessão e lamentou o afastamento de seu antigo aliado, Arthur Lira (PP-AL), atual presidente da Câmara. “Eu já comecei a perder nesse processo. Perdi um amigo que eu considerava meu melhor amigo, o Arthur Lira. O resto para mim é lucro”, comentou Elmar, reafirmando que Lira não é inimigo e que “não tem inimigo na vida.”

A candidatura de Elmar sofreu um revés em setembro, quando Arthur Lira anunciou apoio ao deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), atualmente o favorito na disputa e já apoiado por partidos como PT, PL, MDB, PP, além de seu próprio partido, o Republicanos. Em resposta, Elmar buscou alianças com outras lideranças, incluindo o deputado Antonio Brito (PSD-BA), que agora também enfrenta pressões para desistir da corrida em favor de Motta.

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