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R7 Brasília

Em evento com nações ricas, Haddad defende acesso de países pobres a recursos climáticos

Ministro, que deve defender taxação dos super-ricos ao longo da semana, pediu investimentos ‘maciços’ em iniciativas sustentáveis

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília


Haddad destacou 'ambiente favorável' para investimentos em tecnologia verde Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda - 29.2.2024

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta quarta-feira (24) a facilitação no acesso de países pobres a financiamentos climáticos, durante discurso em evento financeiro do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo e as uniões Africana e Europeia. Haddad também pediu investimentos “maciços” em iniciativas de combate às mudanças climáticas.

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“Sabemos que o acesso ao financiamento climático continua sendo um desafio significativo para muitos países em desenvolvimento, particularmente aqueles mais vulneráveis aos impactos da mudança do clima. Apoiar esses países no fortalecimento das suas capacidades de planejar e implementar projetos climáticos eficazes possibilita direcionar o financiamento para onde é mais necessário”, destacou o ministro.

Como forma de levar os recursos aos países pobres, Haddad reforçou a importância das agências financeiras de desenvolvimento e pediu a reforma dos bancos multilaterais para facilitar o acesso a fundos financeiros e aumentar “a disponibilidade de capital para a transição enérgica”.

O ministro destacou a importância da participação do setor privado no processo. “Devemos criar um ambiente favorável que incentive investimentos privados em tecnologias verdes e infraestrutura sustentável. Isso inclui desenvolver instrumentos financeiros inovadores, como títulos verdes e mecanismos de financiamento misto‘, que possam atrair capital privado em larga escala”, defendeu.


A agenda financeira do G20 no Rio de Janeiro (RJ) vai até sexta (26). Haddad deve defender a taxação dos super-ricos durante os eventos ao longo desta semana. Em abril, o ministro afirmou à RECORD que o grupo passou a discutir o tema por iniciativa do Brasil.

“O G20 resolveu enfrentar, por provocação brasileira, temas mais importantes da realidade, que transcendem os interesses do grupo. Estamos discutindo a questão climática, o impacto do aquecimento global sobre os países pobres, a questão da fome e da fonte de financiamento, que é a taxação dos super-ricos. Obviamente que os interesses corporativos e nacionais, muitas vezes, são obstáculos a chegarmos a um consenso. Mas só o fato de fazer 20 ministros das finanças dos países mais ricos do mundo sentarem à mesa para buscar uma solução global é uma coisa inédita, que precisa ser muito valorizada”, declarou, à época.

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