Em menos de um mês, 356 pessoas foram presas em prevenção a ataques a escolas
Atualização da Operação Escola Segura foi divulgada nesta segunda-feira (1º) pelo ministro da Justiça, Flávio Dino
Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília
A Operação Escola Segura, iniciada em 6 de abril para previnir ataques às instituições de educação, resultou em 356 prisões de adultos e apreensões de adolescentes até o momento. Os dados foram repassados nesta segunda-feira (1º) pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, que agradeceu a ação das forças de segurança nas ações.
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Em menos de um mês da operação, 1.574 suspeitos também foram conduzidos às delegacias para prestar depoimentos. Foram 358 buscas e apreensões e 3.342 boletins de ocorrência registrados. As informações são referentes ao levantamento de todo o país.
"A Operação Escola Segura prossegue, com a coordenação do Ministério da Justiça e participação das polícias dos estados, a quem agradeço", afirmou Dino, pelas redes sociais.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública criou um canal para recebimento de informações de ameaças e ataques contra as escolas. "Todas as denúncias são anônimas, e as informações enviadas serão mantidas sob sigilo", garantiu a pasta.
O governo trabalha para reforçar parcerias com todos os entes federativos para políticas de prevenção e enfrentamento à violência nas escolas, com estratégias de promoção de paz nas instituições educacionais e de combate aos discursos de ódio, inclusive na internet.
Ataques a escolas
Em 5 de abril de 2023, um homem de 25 anos invadiu o Centro de Educação Infantil Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), e agrediu com uma machadinha oito alunos. Bernardo Cunha Machado, de 5 anos, Bernardo Pabest da Cunha, de 4, Enzo Marchesin, 4, e Larissa Maia Toldo, 7, não resistiram aos ferimentos e morreram no local. Quatro crianças foram internadas e receberam alta.
Em 27 de março, um adolescente de 13 anos atacou e feriu com uma faca quatro professores e dois alunos na Escola Estadual Thomázia Montoro, localizada na zona oeste de São Paulo. O ataque ocorreu por volta das 7h30, quando as aulas já tinham começado.
A professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu. Ela era funcionária aposentada do Instituto Adolfo Lutz e, desde 2013, passou a se dedicar ao ensino de crianças.
Segundo levantamento da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o Brasil registrou ao menos 22 ataques de violência extrema em 23 escolas desde 2002. O número é mais alarmante se considerado um recorte recente: mais de um terço desses registros (nove) ocorreu desde junho do ano passado.