Em recado ao PP e União Brasil, Lula cobra alinhamento de ministros com o governo
Críticas são feitas após derrota do Executivo na CPMI do INSS e declarações abertas das siglas contra o governo Lula
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou a reunião ministerial de terça-feira (26) para cobrar dos titulares a defesa do governo federal em agendas públicas. O recado foi direcionado principalmente para os quatro ministros do PP (Progressistas) e União Brasil, siglas que fazem críticas abertas ao governo do petista, embora ocupem cargos na Esplanada dos Ministérios (veja quem são abaixo).
A cobrança do presidente causou mal-estar entre alguns titulares e ocorreu depois de evento das siglas com críticas ao governo e da derrota do Executivo na instalação da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que vai apurar as fraudes no INSS.
A expectativa do Planalto era emplacar na Comissão aliados na presidência e relatoria do colegiado, mas, após movimento da oposição, a base aliada perdeu os cargos.
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O problema, contudo, é que o colegiado que resultou em uma chapa alternativa para o comando da CPI contou com apoio da União Brasil e do PP. Parlamentares desses grupos não se opuseram ao movimento e também não teriam alertado o governo da estratégia da oposição.
Hoje, os quatro ministros indicados pelo União e PP são:
- André Fufuca (PP), do Esporte;
- Celso Sabino (União), do Turismo;
- Frederico Siqueira (União), das Comunicações; e
- Waldez Goés (União), da Integração e Desenvolvimento Regional.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, em entrevista ao Bom Dia, Ministro, desta quarta-feira (27) comentou as cobranças de Lula.
“O que o presidente falou é um tanto quanto óbvio: quando você monta uma aliança, o que se busca é que quem compõe esse bloco de governança tenha um grau de alinhamento e de discussões internas ao governo. E que eventualmente busque unificar posições ao governo. Se não você compõe o governo, tem ministérios do governo, e eventualmente está votando sempre contra o governo”, observou.
Rui Costa reforçou que, “ou a pessoa acredita no trabalho que está fazendo, ou fica esquisito”. “Se a própria pessoa não defende o seu trabalho, o que ela está fazendo, fica complicado da população entender”, afirmou.
Apesar disso, o ministro amenizou o tom ao citar que nos últimos dois anos, os projetos prioritários do governo foram aprovados no Congresso graças às alianças montadas com os diversos partidos.
Perguntas e Respostas
Qual foi o recado do presidente Lula durante a reunião ministerial?
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou dos ministros a defesa do governo federal em agendas públicas, especialmente dos quatro ministros do PP (Progressistas) e da União Brasil, que têm feito críticas abertas ao governo.
O que motivou as cobranças de Lula?
As cobranças ocorreram após um evento das siglas que criticou o governo e a derrota do Executivo na instalação da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga fraudes no INSS.
Qual era a expectativa do governo em relação à CPMI?
O governo esperava emplacar aliados na presidência e relatoria da CPMI, mas, após movimentação da oposição, a base aliada perdeu esses cargos.
Como os ministros do PP e da União Brasil se comportaram em relação à oposição?
Os parlamentares do PP e da União Brasil não se opuseram à estratégia da oposição e não alertaram o governo sobre os movimentos que levaram à formação de uma chapa alternativa para o comando da CPI.
O que disse o ministro Rui Costa sobre as cobranças de Lula?
Rui Costa afirmou que é óbvio que, ao formar uma aliança, espera-se que os membros do governo tenham um grau de alinhamento e busquem unificar posições em apoio ao governo. Ele ressaltou que se os ministros não defendem seu trabalho, fica difícil para a população entender.
Como Rui Costa avaliou a atuação do governo nos últimos dois anos?
Ele mencionou que, apesar das cobranças, os projetos prioritários do governo foram aprovados no Congresso nos últimos dois anos, graças às alianças formadas com diversos partidos.
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