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R7 Brasília

‘Episódio grave, mas nada interferiu’ no G20, diz ministro Pimenta sobre atentado ao STF

O titular da Secretaria de Comunicação Social também afirmou que o ataque bomba é parte de uma ‘onda de violência estimulada politicamente’

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

O ministro definiu o episódio na Esplanada como "grave" e "não isolado"
Pimenta diz que ataque ao STF não interferiu no G20 Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasi/Arquivo

O ministro da Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal, Paulo Pimenta, afirmou neste sábado (16), que o atentado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, é um “episódio grave” que não pode ser tratado como um “fato isolado”. No entanto, segundo ele, o crime não interferiu na segurança e no andamento da Cúpula do G20, evento que reúne as principais economias do mundo. Esta edição ocorre no Brasil, e começa oficialmente na segunda-feira (18), no Rio de Janeiro. Menos de uma semana antes do início das atividades, o chaveiro Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, morreu após atentar contra o prédio do STF (Supremo Tribunal Federal).

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“Estamos acompanhando os desdobramentos da investigação que está sendo conduzida pela Polícia Federal. Esse atentado terrorista não foi uma coisa simples. Não é um fato isolado. Isso acaba sendo mais um episódio dessa onda de violência estimulada politicamente no Brasil. Essa onda de intolerância, ataques à democracia, que teve agora esse desfecho trágico”, completou Pimenta, durante entrevista ao Giro Social, transmitida pelo canal governamental.

Após atentado em Brasília, a segurança na capital fluminense foi reforçada para receber as 56 delegações internacionais. Entre as forças responsáveis pelo patrulhamento da cidade, está a Marinha do Brasil, que deve cuidar dos pontos de encontro das reuniões, das linhas expressas e dos percursos dos líderes mundiais.

Durante a conversa, o ministro também destacou a importância do evento prévio e inédito à Cúpula do G20 que reúne a sociedade civil: o G20 Social. “É a primeira vez que ocorre um G20 Social, um encontro que permite que a sociedade civil interaja com a pauta da Cúpula. E que as contribuições desses debates vão chegar até a mesa principal, discutindo os principais temas: combate à fome, nova governança mundial, transição energética e taxação dos super-ricos.”


Ao final do evento social, neste sábado (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá a Declaração Final com as propostas resultantes dos debates de 13 grupos de engajamento.

Uma das prioridades da presidência brasileira é o lançamento de uma nova aliança global contra a fome e a pobreza, que já conta com a adesão de 41 países e mais de 30 organizações internacionais. A iniciativa visa beneficiar 500 milhões de pessoas com programas de transferência de renda e proteção social até 2030. O Banco Interamericano de Desenvolvimento anunciou um aporte de US$ 25 bilhões para financiar esses esforços.


Atentado

Na noite de quarta-feira (13), um carro explodiu no anexo 4 da Câmara dos Deputados. Segundos depois, Francisco jogou explosivos em frente ao STF. Ele morreu na explosão de um dos artefatos.

O homem chegou a mostrar os explosivos que carregava no corpo para um segurança do STF. Segundo o depoimento da primeira testemunha ouvida pela PCDF, o segurança teria tentando se aproximar de Francisco ao perceber um comportamento suspeito, mas nesse momento ele teria aberto a camisa para mostrar os explosivos e falado para ele não se aproximar. O autor do atentado também tinha um relógio digital, que o segurança acreditou se tratar do disparador da bomba.


Ainda de acordo com o depoimento, após esse momento, o homem teria atirado dois ou três artefatos contra a estátua ‘A Justiça’, que fica em frente a Corte. Após isso, ele teria deitado no chão, colocado outro explosivo abaixo da cabeça, como se fosse um travesseiro, e o artefato teria explodido.

Horas antes do crime, Francisco entrou na Câmara dos Deputados. Imagens das câmeras de segurança do local, disponibilizadas pela Casa, mostram que ele estava usando chinelos e um chapéu, quando passou pelos seguranças do Parlamento.

Ao passar pelo raio-X da Casa, ele mostrou portar apenas uma carteira e uma chave, que aparenta ser do carro que explodiu próximo ao mesmo anexo, por volta das 19h30.

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