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R7 Brasília

Escritório da PF em Buenos Aires auxilia pedido de extradição de envolvidos no 8 de Janeiro

O cadastro vai ser encaminhado via Ministério da Justiça, com anuência do Itamaraty e do Supremo Tribunal Federal

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Invasão ao Palácio do Planalto em 8 de janeiro de 2023
Invasão ao Palácio do Planalto em 8 de janeiro de 2023 Joedson Alves/Agencia Brasil - 8/1/2023

A Adidância da PF (Polícia Federal) em Buenos Aires, na Argentina, está realizando articulações no âmbito da lista com pedidos de extradição de envolvidos nos atos extremistas de 8 de Janeiro de 2023, em Brasília (DF) e que se refugiaram no país governado por Javier Milei. O cadastro vai ser encaminhado via Ministério da Justiça e Segurança Pública, com anuência do Ministério das Relações Exteriores e do Supremo Tribunal Federal.

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Uma lista inicial estabelecida pela corporação aponta cerca de 65 envolvidos nos atos extremistas e que foram para a Argentina de forma ilegal. A ideia é, também, incluir esses investigados e foragidos numa rede que envolve as polícias de todo o continente americano, chamada de Anfast de capturas da Ameripol.

A adidância PF em Buenos Aires é comandada pelo delegado André Viana Andrade, e o oficialato de ligação da PF é Fábio Ricardo Hegenbart Bueno. O adido tem a responsabilidade de conectar o órgão brasileiro e as forças policiais do país onde atua. Na prática, opera no compartilhamento de informações, como foragidos, identificação de grupos terroristas e afins.

Integrantes da corporação, contudo, têm apreensão com a resposta que virá de Milei, uma vez que o presidente do país vizinho é crítico de Luiz Inácio Lula da Silva. Durante a campanha eleitoral, o argentino subiu o tom contra o petista diversas vezes, chegando a dizer, inclusive, que o brasileiro era “comunista” e “corrupto”.


Na última quinta-feira (6), a PF fez uma megaoperação em 18 estados e no Distrito Federal para recapturar foragidos do 8 de Janeiro. Ao todo, 209 pessoas estavam foragidas. Os fatos constituem os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime e destruição de bem especialmente protegido.

Ao longo de 27 fases, a operação Lesa Pátria, que é permanente, realizou centenas de prisões de pessoas envolvidas nos atos extremistas. “Mais de duas centenas de réus, deliberadamente, descumpriram medidas cautelares judiciais ou ainda fugiram para outros países, com o objetivo de se furtarem da aplicação da lei penal”, informou a PF.

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