Esquadrilha da Fumaça, Zé Gotinha e arquibancadas lotadas: confira resumo do desfile do 7 de Setembro
Tribuna de autoridades contou com a presença do vice-presidente, presidentes dos Três Poderes, militares e ministros do governo
Brasília|Bruna Lima e Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília
O desfile do 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, ocorreu sob aplausos do público e com clima seguro, sem protestos nem vaias ao governo federal. As comemorações contaram com desfile presidencial em carro aberto e a tradicional apresentação da Esquadrilha da Fumaça, além da participação de militares indígenas e da presença do Zé Gotinha, mascote da Saúde do Governo Federal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não discursou.
Lula chegou por volta das 9h à tribuna para acompanhar o desfile. Após participar do rito militar, dirigiu-se ao local no Rolls-Royce presidencial acompanhado da primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja. Ela usou um vestido vermelho durante a passagem pela Esplanada dos Ministérios.
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Após o desfile em carro aberto, o presidente se sentou ao lado de Janja e do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB). Também estavam próximos do chefe de Estado os presidentes do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber. A tribuna também foi ocupada por ministros do governo, autoridades militares e pelo governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB).
A cerimônia foi aberta pela Fanfarra do 1º Regimento da Cavalaria de Guardas, os Dragões da Independência, e pelo coral dos alunos do Colégio Militar de Brasília. Ao todo, mais de 100 veículos e aeronaves foram exibidos pela Marinha, Exército e Força Aérea.
Em valorização ao Sistema Único de Saúde (SUS) e aos médicos, enfermeiros e demais profissionais da área, o desfile contou com a presença de representantes da categoria e do boneco Zé Gotinha, símbolo da vacinação no país.
A pauta do meio ambiente também foi apresentada com a presença de representantes indígenas das Forças Armadas no desfile. Foi a primeira vez que o grito da Independência na Esplanada foi feito em idiomas indígenas.
A comemoração foi encerrada com a tradicional apresentação da Esquadrilha da Fumaça, que contou com sete aeronaves A-90, modelo conhecido como Super Tucano, realizando acrobacias no ar.
Neste ano, a comemoração tem como pano de fundo uma disputa política. Enquanto o presidente e o entorno político dele sustentam um momento "de todos" os brasileiros, a oposição pediu aos apoiadores que ficassem em casa com o objetivo de esvaziar a festa organizada pela gestão petista. A data da Independência do Brasil ficou marcada na gestão de Jair Bolsonaro (PL) como um símbolo dos apoiadores dele.
Durante a semana, Lula disse que o objetivo seria, "com a participação do Exército, Marinha e Aeronáutica, fazer um 7 de Setembro de todos". "É do militar, do professor, do médico, do dentista, do advogado, do vendedor de cachorro-quente, do pequeno e médio empreendedor. É uma festa importante do país que conquistou a soberania dos colonizadores", disse. O momento também busca estreitar a imagem de Lula com as Forças Armadas.
Na outra ponta, o tom da oposição é de descontentamento com as Forças Armadas. O senador Magno Malta (PL-ES) afirmou que os militares "hoje fazem continência para bandido, junto com o MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra], junto com a CUT [Central Única dos Trabalhadores], dando continência para bandido, para ex-presidiário". A fala ocorreu em sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, quando o senador disse que "o próximo 7 de Setembro vai ser o nosso 'fique em casa'".
Durante o desfile, aproximadamente 2.500 pessoas trabalharam na segurança das comemorações, entre policiais militares e civis do Distrito Federal, além da Força Nacional e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Na cerimônia de posse, foram cerca de 1.500 agentes, entre policiais federais, militares, civis e integrantes do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.
A entrada nas arquibancadas foi restrita a 30 mil pessoas. Quem chegou após a capacidade ser atingida precisou ficar do lado de fora e acompanhar o desfile por telões.