Fux reclama de apartes de Dino, diverge de Moraes e sai do plenário três vezes durante voto do relator
Indisposição ocorreu após o ministro Flávio Dino pedir a Moraes para fazer alguns comentários
Brasília|Do R7
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Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e Luiz Fux protagonizaram um momento de tensão durante o julgamento do núcleo crucial nesta terça-feira (9). A indisposição ocorreu após o ministro Flávio Dino pedir a Moraes para fazer alguns comentários, o que desagradou Fux, que disse não querer interrupções para “não perder o fio da meada”. O ministro argumentou que teria ficado acordado que não teriam interrupções durante os votos.
Após a reclamação, Fux chegou a sair três vezes do plenário durante o voto de Moraes.
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O presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, argumentou que o pedido foi direto para Moraes. O ministro relator, por sua vez, afirmou que daria a palavra para qualquer parte, ressaltando que Dino havia pedido para ele e não a Fux.
Com a resposta, Fux disse que não vai conceder a palavra para outros ministros durante a leitura do voto. Por fim, Dino brincou e disse que não faria o pedido. “Pode ficar tranquilo que não vou pedir para a Vossa Excelência. Pode dormir em paz”, comentou.
Mais cedo, Fux fez outra interrupção a Moraes. Quando o ministro enumerou questões que já tinham sido analisadas e afastadas por unanimidade durante o recebimento da denúncia, Fux disse que vai falar sobre esses pontos durante o seu voto. “Eu vou me reservar o direito de voltar a elas no momento em que apresentar o meu voto”, destacou. Fux será o terceiro a votar, depois de Moraes e Flávio Dino.
Bolsonaro e aliados citam Fux ao questionar delação de Cid e papel do STF na ação do golpe
As defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros réus na ação penal que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado aproveitaram as alegações finais para fazer acenos ao ministro Luiz Fux, usando manifestações do magistrado como base para questionar pontos centrais do processo.
Os advogados citaram votos e declarações dele para contestar a validade da delação premiada de Mauro Cid, a competência do STF para julgar o caso e a atuação do relator, ministro Alexandre de Moraes.
Durante o andamento da ação penal, Fux defendeu diversas vezes que o STF não tinha competência para julgar o caso e chegou a afirmar que o tema não deveria ser analisado pela Primeira Turma, mas no plenário da Corte, caso o processo não fosse enviado para instâncias inferiores (leia mais aqui).
Perguntas e Respostas
Qual foi o motivo da tensão entre os ministros do STF durante o julgamento?
A tensão ocorreu quando o ministro Flávio Dino pediu ao ministro Alexandre de Moraes para fazer alguns comentários, o que desagradou Luiz Fux. Fux expressou que não queria interrupções para não perder o fio da meada.
Como Luiz Fux reagiu após a reclamação?
Após reclamar, Luiz Fux saiu do plenário três vezes durante o voto de Moraes.
O que disse o presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, sobre o pedido de Flávio Dino?
Cristiano Zanin argumentou que o pedido de Dino foi direcionado a Moraes, que afirmou que daria a palavra a qualquer parte, ressaltando que Dino havia solicitado a ele e não a Fux.
Qual foi a resposta de Luiz Fux em relação a conceder a palavra a outros ministros?
Fux afirmou que não iria conceder a palavra a outros ministros durante a leitura do voto.
Como Flávio Dino se manifestou após a tensão?
Flávio Dino fez uma brincadeira, dizendo que não faria mais o pedido a Fux, afirmando: “Pode ficar tranquilo que não vou pedir para a Vossa Excelência. Pode dormir em paz.”
Como as defesas dos réus na ação penal se posicionaram em relação a Luiz Fux?
As defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros réus aproveitaram as alegações finais para fazer referências às manifestações de Luiz Fux, utilizando suas declarações para questionar pontos centrais do processo.
Qual é a posição de Luiz Fux no STF e como ele se manifestou sobre a competência do tribunal para julgar o caso?
Luiz Fux é um dos integrantes da Primeira Turma do STF, que julgará o caso. Ele defendeu várias vezes que o STF não tinha competência para julgar o caso e sugeriu que o tema deveria ser analisado no plenário da corte, caso o processo não fosse enviado para instâncias inferiores.
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