Logo R7.com
RecordPlus
R7 Brasília

Garimpo em terras Yanomami sofreu prejuízo de R$ 477 mi com operações da polícia, diz governo

Dado considera o período entre 2023 e 2025; ao todo, no período foram realizadas 6.425 operações no território indígena

Brasília|Do R7, em Brasília

  • Google News

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O governo federal anunciou que ações contra o garimpo ilegal geraram um prejuízo de R$ 477 milhões entre 2023 e 2025.
  • Foram realizadas 6.425 operações, resultando em apreensões significativas, incluindo 138 quilos de ouro.
  • A coordenação das ações é feita pela Casa Civil, com ênfase na saúde e segurança das comunidades indígenas.
  • O garimpo causou graves danos ambientais e sociais, incluindo aumento de doenças e violência nas regiões afetadas.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Governo avalia redução de 98% da presença do garimpo na região Lucas Leffa / Secom - arquivo

O governo federal informou na manhã desta segunda-feira (11) que as ações de combate ao garimpo ilegal deixaram um prejuízo de R$ 477 milhões aos criminosos que atuavam no Território Indígena Yanomami. O dado se refere ao período de 2023 a 2025 e contabilizam as ações de combate, fiscalização e apoio humanitário. Ao todo, foram 6.425 operações neste período.

Na semana passada, por exemplo, uma operação perto de Boa Vista (RR) apreendeu 103 quilos de ouro, um valor recorde. Com isso, o total de ouro retirado ilegalmente e confiscado pelas forças federais chegou a 138 quilos, avaliados em R$ 82,2 milhões, conforme cotação de sexta-feira (8).


Leia mais

As ações feitas no Território Indígena Yanomami são coordenadas pela Casa Civil da Presidência da República em conjunto a vários órgãos federais. A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, defende a importância das medidas permanentes e do diálogo com as lideranças indígenas.

“O governo Lula estabeleceu um marco histórico nessas ações integradas, garantindo saúde, diálogo e segurança para os povos indígenas e a população de Roraima”, afirmou.


Redução do garimpo ilegal

Segundo o governo, o cerco às rotas e a infraestrutura do garimpo ilegal diminuiu em 98% a presença dos criminosos na região. Desde o início da força-tarefa, foram destruídos 627 acampamentos, 207 embarcações, 101 balsas e 29 aeronaves, além de inutilizados mais de 112 mil litros de diesel e 12 mil litros de gasolina. As forças federais também eliminaram 59 pistas de pouso clandestinas.

Ações de surpresa são constantemente realizadas para enfraquecer as operações ilegais. Em junho, a Operação Asfixia registrou mais de 220 horas de voo para identificar, apreender e destruir estruturas ligadas ao garimpo.


O governo federal também tenta ampliar a presença do Estado na região. São esperados, por exemplo, a criação do polo de saúde em Surucucu, o Centro de Referência em Direitos Humanos Yanomami e Ye’kwana e o Centro de Atendimento Integrado à Criança Yanomami e Ye’kwana.

Danos ambientais

Levantamentos da Hutukara Associação Yanomami e da Associação Wanassedume Ye’kwana indicam que, até 2020, cerca de 2.400 hectares de floresta foram degradados pelo garimpo, número que cresceu nos anos seguintes, sobretudo nas bacias dos rios Uraricoera, Mucajaí, Catrimani e Parima. Áreas como Waikás, Kayanau e Aracaçá concentraram os maiores danos.


O avanço do garimpo aumentou os casos de malária, causou picos de Covid-19 em comunidades isoladas, contaminação por mercúrio, conflitos e violência sexual. “A presença dos invasores afastou a fauna, dificultando a caça e pesca tradicionais, enquanto o mercúrio contaminava os rios, elevando a desnutrição”, diz o governo.

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.