GDF abre leitos para Covid, mas ocupação de UTI está em 90%
Na rede pública de saúde do DF, restam seis vagas para tratar os casos graves da infecção por coronavírus nesta segunda-feira (24)
Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília
Apesar da disponibilização de novos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para tratar pacientes acometidos pelos sintomas mais graves da Covid-19, a taxa de ocupação segue alta no Distrito Federal. De acordo com a última atualização do painel InfoSaúde, da Secretaria de Saúde do DF, na manhã desta segunda-feira (24), 90,16% das vagas estavam ocupadas.
Atualmente, há 83 leitos de UTI destinados aos pacientes graves. Desses, 22 estão bloqueados e 55 ocupados. Apenas seis leitos estão livres, sendo uma vaga destinada para recém-nascidos. Na fila de espera, há dois pacientes com suspeita ou diagnóstico de contágio.
Mobilização de leitos
Diante do aumento na demanda pelo tratamento intensivo, há duas semanas, o governo local anunciou um plano de mobilização de leitos para ativar novas vagas conforme a necessidade da rede pública. O planejamento foi estruturado em sete fases, e o DF já está na fase 2.
Na tarde deste domingo (23), o secretário de Saúde do DF, Manoel Pafiadache, convocou uma reunião com integrantes da pasta para definir os próximos passos de ativação do plano: liberação de dez novos leitos de enfermaria para atender infectados por coronavírus no acoplado do Hospital Regional de Samambaia (HRSam). Entre os leitos de enfermaria, a ocupação é de 76,7% das 103 vagas.
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De acordo com o monitoramento da Secretaria de Saúde, atualizado na última sexta-feira (21), há 31.322 pessoas infectadas pelo coronavírus na capital federal. Há duas semanas, esse índice era dez vezes menor, com cerca de 3.000 casos ativos. Na sexta, três óbitos foram registrados. Outro indicador que demonstra o aumento do número de casos é a taxa de reprodução do vírus, que atingiu novo pico: 2,61.
A expansão da pandemia no DF levou o governo a retomar medidas de contenção das transmissões. O uso de máscara ao ar livre, que deixou de ser exigido em novembro, voltou a ser obrigatório no DF. Além disso, festas e eventos com cobrança de ingressos estão proibidos, assim como o uso de pistas de dança em bares e restaurantes.