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R7 Brasília

GDF quer criar protocolo de segurança para proteger bebês na maternidade

Projeto prevê, por exemplo, instalação de câmeras em locais de identificação; expectativa é aumentar rigor no acesso aos hospitais

Brasília|Do R7, em Brasília


Marcela Passamani, secretaria de Justiça e Cidadania
Protocolo prevê instalação de câmeras em pontos estratégicos nos hospitais Joel Rodrigues/Agência Brasília - 28.07

O Governo do Distrito Federal estuda um projeto de lei para aumentar o rigor e a segurança no acesso de pessoas às maternidades públicas e privadas. A medida é uma forma de proteger pais e responsáveis e evitar o sequestro e o tráfico de recém-nascidos. O anúncio da estratégia foi feito neste domingo (28) pela secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, durante a Ronda Educativa, evento da pasta no Parque da Cidade em referência a Semana Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Apoio ao Migrante.

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Segundo Marcela Passamani, o objetivo de criar um protocolo de segurança dentro das maternidades é uma forma de proteger os bebês na hora do nascimento e resguardar os pais e responsáveis até a saída dos filhos dos hospitais e maternidades.

“A gente tem que aumentar o rigor em relação a quem tem acesso. Eu, inclusive, defendo que a identificação seja feita dentro das maternidades para os bebês”, afirmou a secretária de Justiça e Cidadania.

Ela também enumerou os principais pontos do projeto. “Câmeras nos locais de identificação onde as pessoas têm acesso à maternidade, uma pulseira de identificação, não escrita manualmente, mas com código de barra ou com um chip. E, além disso, um protocolo de que toda vez que for entrar num quarto ou precisar deslocar o bebê para fora do quarto após o nascimento, que só seja feito com um acompanhante e um familiar”, acrescenta.


Ainda segundo a gestora, o tema foi tratado com a Secretaria de Saúde para estudar a viabilidade de aplicação. Passamani também aproveitou para reforçar a importância de pais e responsáveis emitirem a Carteira de Identidade Nacional das crianças e adolescentes, um dos serviços oferecidos durante a Ronda Educativa em parceria com a Polícia Civil no Parque da Cidade.

“Às vezes, os pais não se ligam muito nessa questão da identidade como forma de proteger a criança e o adolescente. A partir do momento que essa criança entra no sistema nacional de segurança, é muito mais fácil para a polícia poder identificar qualquer trânsito dela, seja no território nacional ou fora do país. Então, é uma forma de proteger, não é só questão de matrícula na escola ou de viagem”, afirma.


Para o diretor do Instituto de Identificação da Polícia Civil do DF, Ruben Sergio Veloso Gumprich, o modelo da Carteira de Identidade Nacional vai permitir que as identificações sejam compartilhadas com a Receita Federal, com o Ministério da Justiça e possam fomentar um Banco Nacional multibiométrico.

“A gente tinha essa dificuldade porque cada Estado poderia fazer a sua própria identidade com o seu indexador, com o seu banco de dados próprio, que eles não eram compartilhados. Então, permitia que uma pessoa fizesse uma identidade com um nome em um estado, providenciasse uma certidão falsa e fosse fazer em outro estado. Agora, com a conferência da biometria, vai permitir que a gente iniba essa ação”, explica.


Sobre o tema

O tráfico de seres humanos é uma das mais graves formas de violação dos direitos humanos e afeta milhares de vítimas em todo o mundo. Por ser um crime de alta complexidade, é subnotificado e envolve exploração sexual, trabalho escravo, tráfico de órgãos e outros.

A Semana Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Apoio ao Migrante está na 10ª edição e realiza a Campanha Coração Azul, de 29 de julho a 2 de agosto, com o tema: “Não deixemos nenhuma criança para trás na luta contra o tráfico de pessoas”.

Casos de tráfico de pessoas podem ser denunciados por meio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100, e pela Central de Atendimento à Mulher, o Ligue 180.

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