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R7 Brasília

Governo Lula defende resolução pacífica para situação na Coreia do Sul

Em nota, Itamaraty afirmou que acompanha ‘atentamente’ os desdobramentos no país asiático governado por Yoon Suk-yeol

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Yoon Suk-yeol, presidente da Coreia do Sul, recuou e revogou lei marcial Reprodução/Instagram Yoon Suk-yeol

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta terça-feira (3), que acompanha “atentamente” a situação na Coreia do Sul. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores defendeu uma resolução pacífica para o caso. Mais cedo, o presidente do país asiático revogou o decreto de lei marcial que havia assinado, depois que a medida foi rechaçada por unanimidade pela Assembleia Nacional.

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“O governo do Brasil manifesta sua expectativa de uma resolução pacífica, fundamentada no respeito aos direitos humanos, às instituições democráticas e ao Estado de Direito, e reafirma a confiança no diálogo como caminho para soluções que assegurem a normalidade institucional e a paz na Península coreana. Não há registro, até o momento, de incidentes consulares envolvendo nacionais brasileiros”, diz o Itamaraty em comunicado.

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, decidiu revogar o decreto de lei marcial que havia assinado mais cedo, nesta terça-feira (3), depois que a Assembleia Nacional do país aprovou por unanimidade uma resolução derrubando a medida. “Retiramos as tropas mobilizadas para as atividades relacionadas à lei marcial”, anunciou o líder em uma transmissão ao vivo a partir do escritório presidencial.

Apesar de proibida de funcionar pela lei marcial, a Assembleia Nacional conseguiu se reunir logo após o anúncio do decreto para revogá-lo. Agentes das forças da lei marcial do presidente chegaram a entrar no prédio do parlamento, mas se retiraram logo depois. Houve manifestações na noite de terça-feira na capital, Seul.


Yoon Suk-yeol surpreendeu o mundo ao decretar lei marcial em uma das democracias mais importantes da Ásia, restringindo uma série de liberdades civis. Em seu pronunciamento, ele justificou a medida como uma forma de conter “ameaças das forças comunistas norte-coreanas e erradicar as forças antiestatais”.

No entanto, o momento atual mostra um problema que a Coreia do Sul enfrenta há décadas: uma forte polarização política. Neste caso, o centro da disputa é a queda de braço entre Yoon Suk-yeol, do Partido do Poder Popular, e a Assembleia Nacional. O Legislativo é comandado pela oposição, que detém 170 dos 300 assentos — o Partido do Poder Popular, ao qual o presidente pertence, tem 108 cadeiras.

Pouco antes do decreto, a Assembleia Nacional havia apresentado pedidos de impeachment do auditor do Estado e do procurador-geral. O presidente também acusou o parlamento de impor restrições ao orçamento do governo, o que, segundo ele, afetou áreas essenciais, como o combate ao tráfico de drogas, segurança pública, serviços de cuidado infantil, projetos de geração de empregos e o aumento salarial para militares.

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