Greve de caminhoneiros: ‘Categoria não será massa de manobra”, diz líder da categoria
Chorão, presidente de associação de caminhoneiros, aguarda o dia 1° de agosto, data do tarifaço dos EUA, para tomar decisão sobre apoio
Brasília|Déborah Hana Cardoso
RESUMO DA NOTÍCIA
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Wallace Landim, conhecido como Chorão”, presidente da Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores), afirmou ao R7 que a categoria não vai embarcar em qualquer manifestação política.
A declaração ocorreu após o PL, partido de Jair Bolsonaro, criar a comissão para uma mobilização nacional marcada para 8 de agosto, com o intuito de defender o ex-presidente.
De acordo com Chorão, a Abrava tem, agora, a preocupação de não prejudicar a categoria. “A gente se posiciona com cautela e responsabilidade. Não posso colocar a categoria no abismo”, disse.
“Não posso deixar a categoria ser usada como massa de manobra por grupos políticos”, reiterou.
O presidente da Abrava reconheceu a decepção com a classe política, tanto Congresso Nacional quanto o Executivo. Ele diz que os caminhoneiros são esquecidos quando apresentam demandas e só são lembrados quando alguém precisa de mobilização.
“Dentro do Parlamento, a categoria não é reconhecida, não é vista”, enfatizou. “Temos demandas como o combate à máfia dos transportes, questões envolvendo pedágios, custo mínimo de carga e a aposentadoria especial”, explicou.
Segundo ele, nenhum governo, “seja da direita ou da esquerda”, caminhou com os projetos da categoria. “E agora falam em manifestação”, disparou.

Manifestações
Na semana passada, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes ordenou que Bolsonaro usasse uma tornozeleira eletrônica. A medida cautelar também engloba a proibição ao uso das redes sociais e um toque de recolher das 19h às 6h. Caso haja o descumprimento, o ex-presidente poderá cumprir regime fechado.
A medida de Moraes gerou uma reação na oposição que os levou a criar uma “gestão de crise”. Ou seja, foram criadas três comissões para pressionar o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar o projeto de lei da anistia, articular o impeachment de Moraes no Senado Federal e outra para uma mobilização nacional.
No último caso, deputados do PL, em conversas reservadas, planejam manifestações por todo o país e contam com a aderência de caminheiros. Os deputados federais responsáveis pela mobilização são Zé Trovão (PL-SC) e Rodolfo Nogueira (PL-MS).
A Zé Trovão teria sido incumbido dialogar com caminhoneiros para tentar uma aderência até a data prevista. O parlamentar é caminhoneiro e se tornou deputado após ficar nacionalmente conhecido durantes as manifestações na gestão de Jair Bolsonaro contra o STF.
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Já Rodolfo Nogueira vai dialogar com os setores do agronegócio — o parlamentar é presidente da Comissão de Agricultura na Câmara dos Deputados.
Chorão, ainda cauteloso, disse que quer esperar os desdobramentos do tarifaço dos Estados Unidos contra os produtos brasileiros. “Queremos aguardar o que vai acontecer a partir de agosto antes de nos posicionarmos”, declarou.
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