Grupo roubou armas e documentos do gabinete do GSI, afirma ministro Paulo Pimenta
Informação foi divulgada pelo chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência; imagens mostram as maletas vazias
Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília
Os vândalos que invadiram o Palácio do Planalto durante uma manifestação, neste domingo (8), roubaram armas letais e não letais do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Além disso, munições e documentos foram levados. A informação foi divulgada pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta.
Pimenta mostrou maletas vazias que, segundo ele, guardavam o armamento da segurança presidencial. Durante a tarde, um grupo de pessoas que não aceitam a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022 furou o bloqueio policial e invadiu os prédios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto.
Em outras imagens divulgadas pelo ministro, ele mostra a situação em que ficaram os gabinetes do Palácio do Planalto. Mesas, cadeiras, documentos, impressoras, computadores, televisores e obras de arte foram danificados.
"Um caos que os vândalos fizeram aqui. Isso aqui é o patrimônio do país. É inacreditável como ficou o Palácio do Planalto", disse Pimenta, ao mostrar como ficou o gabinete no 2º andar do edifício, que é a sede do governo federal. "São marginais e têm que ser tratados como criminosos", completou.
Invasão ao Palácio do Planalto
Até as 20h40, ao menos 400 pessoas haviam sido presas, segundo o governador do DF, Ibaneis Rocha, por suspeita de terem vandalizado a praça dos Três Poderes, segundo a Polícia Civil do Distrito Federal.
Vídeos publicados nas redes sociais mostram o momento em que os manifestantes subiram a rampa do Congresso Nacional e invadiram a parte superior do edifício, onde ficam as cúpulas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, além do Salão Verde, localizado dentro do prédio.
Uma bandeira com as cores verde e amarela foi extendida no Congresso Nacional. Os manifestantes também invadiram o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República, e o Supremo Tribunal Federal (STF). As imagens mostram ainda que os policiais militares que estavam no local reagiram com bombas, mas sem sucesso.
Intervenção federal
Por causa da situação incontrolável, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) editou um decreto para a intervenção federal no Governo do Distrito Federal até o dia 31 de janeiro.
O objetivo da intervenção é "pôr termo a grave comprometimento da ordem pública" no Distrito Federal, marcado por atos de violência e invasão de prédios públicos. A medida será coordenada pelo interventor Ricardo Garcia Cappelli, atual secretário-executivo do Ministério da Justiça.
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De acordo com o decreto, o interventor fica subordinado ao presidente da República e não está sujeito às normas distritais que conflitarem com as medidas necessárias à execução da intervenção. Em pronunciamento, Lula afirmou que houve "falta de segurança" e que as pessoas autoras dos crimes serão "encontradas" e "punidas".