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Haddad diz que Fazenda apresentará conjunto de medidas econômicas na próxima semana

Ministério encaminhará ações para compensar a desoneração da folha sem judicialização, garantindo a meta fiscal zero em 2024

Brasília|Agência Estado

Fazenda anuncia medidas na próxima semana
Fazenda anuncia medidas na próxima semana Fazenda anuncia medidas na próxima semana

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (22) que o ministério encaminhará na próxima semana novas medidas para compensar a desoneração da folha de pagamento sem judicialização, o que vai garantir a meta fiscal zero em 2024. Haddad reiterou que a equipe econômica seguirá perseguindo esse objetivo no próximo ano.

"Na semana que vem, vamos endereçar novas medidas. Estamos aguardando o que foi aprovado pelo Congresso para enviá-las", disse o ministro durante café da manhã com jornalistas nesta sexta-feira. "As medidas da semana que vem têm o objetivo de compensar a desoneração."

Haddad disse que não são tantas medidas, e que são razoáveis, por já terem sido objeto de discussão na Câmara e no Senado. "Temos segurança de que será uma coisa boa para o país", declarou.

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O ministro não adiantou a natureza das propostas, mas garantiu que não têm relação com a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), e que não serão criados novos impostos ou elevadas as alíquotas.

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Haddad garantiu que também não haverá nenhum anúncio sobre Imposto de Renda. "Não vai ter medida sobre Imposto de Renda porque essa é uma reforma que vai exigir muita explicação, cautela e bom senso. Não é coisa que se resolve de maneira irrefletida", disse.

Ele prometeu que o governo finalmente apresentará sua alternativa para a desoneração da folha de pagamentos, cujo veto integral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi derrubado pelo Congresso. "Vamos apresentar uma alternativa para a desoneração da folha. Isso não é novidade, faz seis meses que estou falando", disse, frisando que antes de judicializar, apresentará a alternativa. "É um conjunto de medidas que será anunciado na semana que vem, não é só essa (sobre a desoneração)", acrescentou.

Haddad enfatizou ainda que o Orçamento a ser aprovado nesta sexta será com base nas medidas fiscais mandadas anteriormente. "O conjunto de medidas que será enviado na semana que vem é para compensar a desoneração da folha, sem precisar de judicialização", disse.

Esse conjunto compensará a desoneração dos 17 setores, mas o ministro não especificou o valor. Em relação à mudança na contribuição previdenciária dos municípios, Haddad disse que essa mudança é inconstitucional, mas será tratada em uma mesa de negociação própria.

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Questionado sobre o impacto das medidas que já foram aprovadas, o ministro voltou a dizer que está amarrado às projeções oficiais da Fazenda para a arrecadação e não atualizou a estimativa de arrecadação do pacote inicialmente orçado em R$ 168 bilhões. Ele frisou, por exemplo, que não houve revisão das estimativas de recursos do projeto das apostas esportivas, cuja projeção que consta do projeto de lei é menor que a do mercado.

Segundo ele, a mudança no Juro sobre Capital Próprio (JCP) terá uma medida compensatória em janeiro, de natureza administrativa. "São projeções, às vezes nos surpreendemos positivamente e outras negativamente", reiterando que isso não é uma questão política, porque a equipe técnica da Fazenda, à luz de cada medida do governo, faz as estimativas para as propostas.

O ministro citou como exemplo de surpresa negativa a tese do século. "Mesmo pagando R$ 20 bilhões de indenização aos estados, se eu tivesse 0,6% de receita adicional, nosso déficit estaria na casa de 0,8% (do PIB), que é o que o mercado está projetando. Nós estamos lidando com variáveis que não controlamos, como é o caso das compensações", disse.

Haddad falou que levou a questão da meta fiscal para o presidente quando notaram o aumento das compensações da Receita. Haddad disse que o presidente Lula foi mal interpretado sobre não concordar com o déficit zero. "É importante a Fazenda continuar perseguindo a meta fiscal, e é o que faremos no ano que vem", completou.

O chefe da Fazenda ainda mencionou que em 2024 haverá uma série de decisões sobre temas que têm a ver com a economia do futuro, como a exploração de terras raras, minerais utilizados por empresas de tecnologia, como fábricas de chips. Haddad ainda disse que o número de leis complementares para dar conta da regulamentação da reforma tributária ainda não está decidido, mas que o mérito do texto já está bem adiantado. "Se for possível compactar, é melhor."

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