Logo R7.com
RecordPlus
R7 Brasília

Haddad diz que inflação deve fechar o ano ‘abaixo de 5%’

Declaração do ministro da Fazenda foi feita em Conselhão, nesta terça-feira, em Brasília

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em BrasíliaOpens in new window

  • Google News

RESUMO DA NOTÍCIA

  • Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prevê inflação abaixo de 5% para este ano.
  • Declaração ocorreu durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável em Brasília.
  • Inflação oficial, até junho, foi de 5,35%, ultrapassando a meta estabelecida pelo CMN.
  • Banco Central aumentou a taxa Selic para controlar a inflação, que atingiu 15% em junho.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Haddad diz que inflação deve fechar o ano ‘abaixo de 5%’ Diogo Zacarias/MF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (5) que o governo espera que a inflação deste ano fique abaixo de 5%. A declaração foi feita na 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, conhecido como Conselhão, realizado no Itamaraty, em Brasília. “A inflação está caindo e deve fechar esse ano abaixo de 5%. Essa é a nossa expectativa”, afirmou.

Haddad acrescentou que, pelo cenário político, conquistas do governo acabam ficando esquecidas. “Tem muita notícia boa que ficam obscurecidas na esfera da política. Muitas vezes esquecemos de celebrar as conquistas”, disse.


LEIA TAMBÉM

No discurso, ele citou a retirada do Brasil do Mapa da Fome, a reforma tributária e a mínima histórica de desemprego.

Apesar da declaração de Haddad, no entanto, a inflação oficial do país registrou alta de 5,35% no acumulado em 12 meses até junho, descumprindo pela primeira vez a meta contínua. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) subiu 0,24% em junho, após alta de 0,26% em maio, segundo divulgado nesta quinta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).


No modelo de meta contínua, considera-se que a meta foi descumprida quando a inflação acumulada em 12 meses permanece fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos.

O valor da meta estabelecido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, podendo variar entre 1,5% e 4,5%. O resultado de junho marcou o sexto mês consecutivo acima do teto.


Estouro da meta

Gabriel Galípolo, que assumiu o comando do Banco Central no começo deste ano, já enviou uma carta em janeiro para justificar o estouro da meta de 2024, que fechou em 4,83%.

No entanto, a partir deste ano, mudou o sistema de intervalo. Antes, era anual, chamado ano-calendário. Agora passou a comparar a inflação acumulada em 12 meses, apurada mês a mês, chamado “meta-contínua”.


Com isso, toda vez que o índice completa seis meses consecutivos acima da meta, o BC deve justificar em carta.

Para controlar a inflação, o BC tem aumentado a taxa básica de juros, a Selic, desde setembro de 2024. Em junho, a Selic atingiu 15% e na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), na quarta-feira (30), a taxa foi mantida.

Resultado de junho

Em junho, a inflação desacelerou e chegou a 0,24%, uma queda de 0,02 ponto percentual em relação a maio, quando variou 0,26%.

No ano, o IPCA acumula alta de 2,99% e, nos últimos doze meses, o índice ficou em 5,35%, acima dos 5,32% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2024, a variação havia sido de 0,21%.

Com a vigência da bandeira tarifaria vermelha patamar 1 no mês de junho, adicionando R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos, a energia elétrica residencial (2,96%) foi o subitem com o maior impacto individual no índice do mês.

No ano, a conta de luz do brasileiro acumula uma alta de 6,93%, destacando-se como o principal impacto individual no resultado acumulado do IPCA (2,99%).

Esta variação (6,93%) é a maior para um primeiro semestre desde 2018 quando o acumulado foi de 8,02%.

O que é meta-contínua

Todo mês, a inflação acumulada em doze meses é comparada com a meta e seu intervalo de tolerância. Assim, a verificação não fica mais restrita ao mês de dezembro de cada ano.

“A utilização desse período evita a caracterização de descumprimento em situações de variações temporárias na inflação. Esse é o caso, por exemplo, de um choque em preços de alimentos que faça com que a inflação fique fora do intervalo de tolerância por apenas alguns meses”, afirma o BC, em nota.

No Brasil, a meta para a inflação e o índice de preços utilizado são definidos pelo Conselho Monetário Nacional e cabe ao Banco Central adotar as medidas necessárias para alcançá-la. O índice de preços definido é o IPCA, calculado pelo IBGE.

O CMN também define um intervalo de tolerância ao redor da meta de inflação, que funciona como uma referência para a caracterização de seu cumprimento ou não.

A meta é considerada descumprida se a inflação ficar fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos.

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.