Ibaneis espera fim da janela partidária para definir alianças
Governador disse que escolha do vice em sua chapa à reeleição ainda não está definida; nome de Paco Britto não está descartado
Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília
O governador Ibaneis Rocha afirmou nesta quinta-feira (31) que ainda não definiu quem será o candidato a vice em sua chapa, na busca pela reeleição ao Governo do Distrito Federal. O chefe do Executivo disse, em evento do GDF em Samambaia, que partidos da base têm dialogado sobre a composição da candidatura.
"Nós vamos analisar após o fechamento dessa janela, as filiações estão sendo feitas. A partir daí vamos poder avaliar como vai ficar essa questão da composição. Nós temos vários partidos que estão na base, todos eles se organizando para as eleições", afirmou.
Mesmo que não tenha havido ainda uma definição, o nome do atual vice, Paco Britto (Avante), não é descartado. Ele diz que não trabalha com outra possibilidade a não ser a corrida ao Buriti, ao lado de Ibaneis. Nas últimas semanas, ele tem acompanhado as agendas oficiais do governador, o que não aconteceu com frequência durante o mandato.
"Vamos trabalhar, sou candidato à reeleição, estou nessa pré-campanha, juntamente com todo esse grupo, e estou feliz. Acho que as acomodações foram feitas da melhor maneira possível, temos em torno de oito partidos que estão na base e agora é seguir caminhando até o mês de agosto", acrescentou o governador.
A movimentação tem sido intensa na Câmara Legislativa. Os parlamentares têm até essa sexta (1º) para trocar de partido sem que isso cause prejuízos ao mandato.
Desde o início da janela partidária, em 3 de fevereiro, nove distritais mudaram de sigla, o que corresponde a mais de um terço da CLDF, que tem 24 deputados. Cláudio Abrantes e Jorge Vianna foram para o PSD, Iolando Almeida migrou para o MDB, Julia Lucy, após a expulsão do Novo, foi para o União Brasil, Roosevelt Vilela ampliou os quadros do PL e Reginaldo Veras foi para o PV. Jaqueline Silva saiu do PTB e procura uma nova sigla. José Gomes também deixou o PTB e agora integra o PP.
"O que eu estou vendo é que pouquíssimas pessoas resolveram sair da nossa base, estão se acomodando dentro dos partidos, vamos ter eleições certamente muito duras. A gente sabe que a oposição não brinca, que eles estão, com razão, trabalhando para as suas eleições, mas estamos bastante confiantes de que vai dar certo", ponderou Ibaneis.
Antes da janela, outros distritais tinham mudado de partido. Foi o caso de Leandro Grass, que trocou a Rede pelo PV para concorrer ao cargo de governador do DF. Reginaldo Sardinha saiu do Avante e ainda está sem partido. Daniel Donizet mudou do PSL para o PL.