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R7 Brasília

Júri condena motorista a 15 anos de prisão em caso da L4 Sul que matou duas pessoas no DF

Eraldo José Cavalcante cumprirá 15 anos e 7 meses de prisão; o bombeiro Noé Albuquerque, no entanto, foi absolvido

Brasília|Do R7, em Brasília


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Acidente matou mãe e filho na L4 CBMDF/Divulgação - 30.04.20

O Tribunal do Júri de Brasília condenou o advogado Eraldo José Cavalcante Pereira a 15 anos e 7 meses de prisão, acusado de provocar o acidente que matou Cleuza Maria Cayres, de 69 anos, e Ricardo Clemente Cayres, de 46 anos, em 30 de abril de 2017. O crime aconteceu enquanto Eraldo praticava um suposto racha na L4 Sul, no Distrito Federal, por volta das 19h30. Na decisão do Júri, no entanto, o bombeiro Noé Albuquerque de Oliveira foi absolvido da acusação de duplo homicídio.

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Na decisão, o juiz de direito Heverson D’Abadia Teixeira Borges, salientou que Eraldo estava acima da velocidade permitida pela via, “aproximadamente 110 km/h, conforme laudos, quando a pista permitia 80 km/h, colidindo com outro carro, o qual foi arremessado em uma árvore”.

O juiz pesou na decisão a fuga de Eraldo do local do acidente, sem prestar socorro à vítima. Enquanto Noé, o segundo envolvido, permaneceu no local para prestar socorro. Os dois voltaram de uma festa em uma lancha no Lago Paranoá. Na época, Noé chegou a admitir ter ingerido bebida alcoólica para a Polícia Civil.

Abaixo do esperado

Para Fabricia Gouveia, de 54 anos, viúva de Ricardo Clemente Cayres, o resultado deixou a família parcialmente satisfeita. “A absolvição do Noé nos surpreendeu, uma vez que todas as provas apontam que ele participou da dinâmica do crime. Mesmo não tendo batido no nosso carro, ele teve uma atuação irresponsável e incompatível com a profissão. Quanto ao Eraldo, achamos a dosimetria abaixo do que esperávamos. Ficamos parcialmente satisfeitos com a sentença, mas vamos recorrer tanto da absolvição como do tempo de encarceramento”, disse.


Duas mortes

O carro atingido por Eraldo estava ocupado por Oswaldo Clemente Cayres, sua esposa Cleuza Maria Cayres, o filho do casal, Ricardo Clemente Cayres, e ao volante o cunhado de Ricardo, Helberton Silva Quintão. O veículo foi atingido na traseira e, com o impacto, saiu da via, bateu em uma árvore e capotou. Cleusa e Ricardo que estavam no banco de trás morreram na hora. Helberton e Oswaldo se feriram, mas conseguiram escapar com vida.

Na decisão do juiz, Eraldo deve cumprir a sentença em regime fechado, mas a defesa do advogado ainda pode recorrer da decisão em liberdade. Em resposta ao R7, o advogado de Eraldo, Alexandre Vieira de Queiroz, disse que respeita a decisão do Júri, mas não concorda e adiantou que vai recorrer.


“Até porque contrariou a prova técnica. O importante é que foi reconhecido, com a absolvição do Noé, o que sempre defendemos: a ausência de racha”, disse.

Absolvição

O segundo envolvido na suposta corrida, o bombeiro Noé Albuquerque, foi absolvido da acusação de duplo homicídio consumado e duplo homicídio tentando. Em março de 2019, o Tribunal de Justiça do DF já havia afastado a acusação de homicídio doloso, quando há intenção de matar, contra o bombeiro. O R7 tenta contato com a defesa de Noé, mas até a publicação desta reportagem, não obteve retorno.

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