A Justiça do Distrito Federal enviou ao Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF) o processo contra a ex-deputada distrital Jaqueline Roriz referente ao resultado da operação Caixa de Pandora, deflagrada pela Polícia Federal em novembro de 2009. A ex-parlamentar responde por peculato e corrupção passiva, por ter recebido R$ 25 mil em propina do então secretário de Relações Institucionais do Governo do DF, Durval Barbosa. Com a mudança para o TRE-DF, o processo de Jaqueline Roriz voltará a tramitar desde o começo. A decisão é do juiz Fernando Brandini Barbagalo, da 7ª Vara Criminal de Brasília. Ex-delegado da Polícia Civil, Durval Barbosa foi delator do esquema de compra de apoio do governo de José Roberto Arruda, batizado de mensalão do DEM. A operação resultou na prisão de Arruda. A defesa da ex-parlamentar argumentou, no processo, que Durval "efetuou doação para a campanha de Jaqueline Roriz, candidata ao cargo de deputada distrital no pleito de 2006, de quantia em dinheiro, além de emprestar aparelhos de Rádios Nextel". De acordo com o magistrado, para decidir a situação de Jaqueline Roriz, seria preciso observar casos semelhantes. Ele citou as decisões que beneficiaram outros réus por conta da Caixa de Pandora, os ex-distritais Leonardo Prudente e Junior Brunelli. "Ora, o presente caso também é oriundo da investigação denominada Caixa de Pandora e possui roteiro praticamente idêntico aos casos anteriormente citados", afirmou o juiz na decisão. Para o magistrado, como os processos de Prudente e Brunelli foram repassados ao TRE-DF, o mesmo deveria acontecer com o de Jaqueline Roriz. "Reconheço a incompetência deste Juízo e determino o encaminhamento dos autos para a Justiça Eleitoral do Distrito Federal", sentenciou.