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Lula anuncia investimento de R$ 1,17 bi para a educação indígena e quilombola

Valor será usado para construir 249 novas escolas no âmbito do Novo PAC e 22 obras emergenciais nos territórios Yanomami e Ye’Kwana

Brasília|Do R7, em Brasília

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • Investimento de R$ 1,17 bilhão para educação indígena e quilombola foi anunciado por Lula.
  • Serão construídas 249 novas escolas e realizadas 22 obras emergenciais nos territórios Yanomami e Ye’Kwana.
  • Lula assinou portarias para instituir políticas de educação escolar indígena e do campo, incluindo a valorização de saberes tradicionais.
  • Novo campus do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais foi criado para atender comunidades tradicionais, com previsão de atender 1.400 estudantes.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Lula fez anúncio em evento em Minas Gerais Ricardo Stuckert / PR - 10.07.2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou o investimento de R$ 1,17 bilhão para a educação indígena e quilombola. O anúncio foi feito em evento em Minas Novas (MG) no fim da manhã desta quinta-feira (24), no Vale do Jequitinhonha. O valor será usado para a construção de 249 novas escolas voltadas para as comunidades indígenas e quilombolas, no âmbito do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Além disso, 22 obras emergenciais serão feitas nos Yanomami e Ye’Kwana.

A cerimônia desta quinta integra o I Encontro Regional de Educação Escolar Quilombola do Sudeste, que reúne iniciativas interministeriais em diálogo direto com as comunidades locais, em especial do Vale do Jequitinhonha.


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Ao todo, Lula assinou portarias que institui a Política Nacional de Educação Escolar Indígena e a Política Nacional de Educação do Campo, das Águas e das Florestas (Novo Pronacampo).

O presidente também anunciou ações voltadas à valorização dos saberes tradicionais, como o Programa Escola Nacional Nego Bispo, além da criação da moradia estudantil do Campus Quilombo Minas Novas, do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais.


Educação escolar indígena

A Política Nacional de Educação Escolar Indígena vai promover a organização e a oferta da educação escolar indígenas bilíngue, multilíngue, específica, diferenciada e intercultural, com respeito às especificidades e organizações etnoterritoriais dos povos indígenas.

As obras previstas para as escolas indígenas e quilombolas são uma resposta à demanda específica das comunidades. O governo federal está entregando 249 escolas, sendo 179 indígenas e 70 quilombolas.


Além disso, há também as obras emergenciais para os territórios Yanomami e Ye’Kwana, em que estão previstas sete escolas, 10 espaços de saberes, quatro casas-escola e um centro de formação de professores.

Em 2024, Lula entregou no Novo PAC 13 escolas indígenas e nove quilombolas. A partir de 2025, serão construídas 117 escolas indígenas e 48 quilombolas. Outras 49 escolas indígenas e 13 quilombolas estão previstas, por meio de parceria entre o Ministério da Educação, o Ministério das Relações Exteriores e o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos.


Novo Pronacampo

Segundo informações do governo federal, a Política Nacional de Educação do Campo, das Águas e das Florestas, também chamada de Novo Pronacampo, pretende ampliar, qualificar e garantir a oferta, o acesso e a permanência à educação do campo, em todas as etapas e níveis de ensino.

O Novo Pronacampo quer fortalecer o respeito e o reconhecimento da diversidade, da participação e do protagonismo político, epistêmico e pedagógico das populações do campo, das águas e das florestas.

O programa pretende estruturar um sistema de avaliação e monitoramento da educação, estimular a construção de capacidades institucionais para a condução das políticas de educação dos povos, e consolidar a educação do campo, das águas e das florestas com implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar do Campo.

Campus do IFNMG

O novo campus do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais integra o plano de expansão dos 102 novos Institutos Federais pelo Brasil, e irá atender prioritariamente as comunidades quilombolas e demais povos tradicionais da região, a partir de uma perspectiva de educação articulada entre o contexto local, os conhecimentos tradicionais e seus arranjos produtivos, sociais e culturais.

O campus amplia a oferta da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica de modo alinhado com os direitos dos povos e comunidades tradicionais, seus saberes ancestrais e o desenvolvimento sustentável.

A instituição está em obras com investimento via Novo PAC de R$ 25 milhões, sendo R$ 15 milhões para a infraestrutura e R$ 10 milhões para equipamentos. Quando estiver em pleno funcionamento, a expectativa é atender 1.400 estudantes, prioritariamente com a oferta de cursos técnicos integrados ao ensino médio.

A área de abrangência da nova unidade tem potencial para atender às regiões imediatas de Capelinha e Araçuaí, totalizando 18 municípios e cerca de 176 comunidades quilombolas certificadas e em processo de certificação.

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