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Lula chega a Santiago onde terá reunião com presidente chileno

Pelas redes sociais, Lula disse que o governo federal vai trabalhar para ampliar as relações com o país

Brasília|Do R7, em Brasília

Lula chega ao Chile Ricardo Stuckert / PR - 04.08.2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a Santiago, no Chile, na noite deste domingo (4). Lula está no país para uma série de reuniões com o presidente chileno, Gabriel Boric. Pelas redes sociais, o presidente disse que no país “o governo federal vai trabalhar para ampliar as relações de cooperação, comércio, investimentos e intercâmbio entre nossos países irmãos”.

O petista deve assinar 17 acordos bilaterais. Os encontros entre os dois presidentes incluem reuniões abertas e privadas. A ida de Lula ao Chile ocorreria em maio, mas foi adiada por conta das enchentes no Rio Grande do Sul.

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Na agenda desta segunda, o dia começa com uma cerimônia de oferenda floral no monumento do libertador general Bernardo O’Higgins, uma das figuras militares fundamentais do movimento de Independência do Chile. Além de reuniões particulares e ampliadas com Boric, Lula vai se encontrar com o presidente da Corte Suprema, Ministro Ricardo Blanco Herrera, com o presidente do Senado, Senador José García Ruminot, com a presidente da Câmara de Deputados, Deputada Karol Cariola Oliva, com o Secretário Executivo da Cepal, José Manuel Salazar- Xirinachs, e com o CEO da Latam, Roberto Alvo. Por fim, o petista vai participar do encerramento do Foro Empresarial Chile-Brasil.

Venezuela

Embora não esteja oficialmente prevista nenhuma discussão oficial a respeito do cenário político da Venezuela, a expectativa é que o assunto surja de maneira natural entre os dois presidentes nos encontros privados. Lula e Boric não têm a mesma opinião sobre o processo eleitoral venezuelano. O pleito no país ocorreu no domingo passado (28) e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi proclamado vencedor no dia seguinte pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral), órgão venezuelano responsável pelo pleito. O resultado é contestado por parte da comunidade internacional e pela oposição venezuelana.


O governo brasileiro afirma que só vai se posicionar sobre a reeleição de Maduro quando houver a publicação de todas as informações das urnas, presentes nas atas de votação — o que ainda não foi feito pelas autoridades venezuelanas. Na última terça-feira (30), Lula se pronunciou pela primeira vez sobre o assunto e declarou que não há nada “grave” nem “anormal” no processo eleitoral venezuelano. O petista também pediu que o CNE publique as atas com as informações das urnas.

“Não tem nada de grave, não tem nada assustador. Eu vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a Terceira Guerra Mundial. Não tem nada de anormal. Teve uma eleição, teve uma pessoa que diz que teve 51%, teve outra pessoa que diz que teve 40 e pouco por cento. Um concorda, o outro não. Entra na Justiça e a Justiça faz”, declarou em entrevista à TV Centro América.


Boric comentou o assunto logo depois da proclamação da vitória de Maduro e afirmou que o Chile não vai reconhecer resultado que não seja “verificável”. “O regime de Maduro deve entender que os resultados que publica são difíceis de acreditar. A comunidade internacional e especialmente o povo venezuelano, incluindo os milhões de venezuelanos no exílio, exigem total transparência das atas e do processo, e que observadores internacionais não comprometidos com o governo respondam pela veracidade dos resultados”, escreveu nas redes sociais.

Na quinta (2), os governos do Brasil, México e Colômbia emitiram um comunicado conjunto sobre as eleições venezuelanas. No texto, os países citam “controvérsias sobre o processo eleitoral” e pedem aos agentes venezuelanos “cautela” para evitar o agravamento da situação no país. O documento pede, ainda, a publicação dos dados eleitorais completos das atas de votação. “O princípio fundamental da soberania popular deve ser respeitado mediante a verificação imparcial dos resultados”, destacam os países.

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