Lula descarta telefonema a Trump para falar de tarifaço e diz que ‘não pode se humilhar’
Petista voltou a dizer que norte-americano não está disposto a negociar taxação; ‘Exijo respeito’, declarou
Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília
RESUMO DA NOTÍCIA
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou nesta quarta-feira (6) qualquer intenção de conversar diretamente, por enquanto, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o tarifaço.
Ao voltar a afirmar que o norte-americano não quer negociar com o Brasil, o petista declarou “não poder se humilhar” e exigiu respeito.
“Um presidente não pode ficar se humilhando para outro. Eu respeito todo mundo, eu exijo respeito comigo. Eu adoro respeitar as pessoas e adoro ser respeitado”, destacou.
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Lula criticou novamente o tarifaço imposto por Trump a produtos brasileiros, que começou a valer nesta quarta.
Desde que a medida foi anunciada, em 9 de julho, o governo brasileiro tenta negociar para reverter a decisão do republicano. A tarifa, oficializada na semana passada, tem quase 700 exceções — ou seja, itens que não serão taxados.
“Não liguei [para Trump], porque ele não quer telefonema. Eu não vou entrar numa análise do porquê Trump falou aquilo. Ele tinha falado no dia anterior, numa entrevista à imprensa brasileira. Perguntaram: ‘Você vai conversar com Lula?’. ‘Agora não’”, relembrou.
As falas de Lula foram feitas em entrevista à agência internacional Reuters.
O presidente brasileiro destacou que o governo norte-americano não está aberto para o diálogo. “Ora, o que nós não estamos encontrando é interlocução. Na hora que eles quiserem conversar, vamos encontrar”, afirmou.
Negociações
Após o anúncio de Trump, em 9 de julho, o petista determinou a criação de um comitê interministerial para discutir o assunto com o setor produtivo. As negociações brasileiras, tanto internamente quanto com o governo dos EUA, são lideradas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
A gestão de Lula considera a taxa absurda e não descarta retaliar e medida. Contudo, por enquanto, a postura tem sido insistir em uma saída diplomática.
Em outra frente, o governo federal decidiu abrir um processo na OMC (Organização Mundial do Comércio) sobre o assunto.
Apesar da postura diplomática e de priorizar o diálogo, Lula tem deixado claro que não pretende ceder.
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