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Lula diz que América do Sul pode ser ‘coração’ da transição energética no mundo

Presidente cita meta de corte de emissões até 2035 e diz que região apresentará soluções climáticas na COP30, em Belém

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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Lula fez discurso no Mercosul nesta quinta Ricardo Stuckert/PR - 03.07.2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (3) que a América do Sul pode ser o “coração” da transição energética e da defesa do meio ambiente. A declaração foi feita durante discurso na 66ª Cúpula do Mercosul, em Buenos Aires, na Argentina, que também marcou o início da presidência temporária do Brasil no bloco, válida até o fim do ano.

“Por meio do programa Mercosul Verde, vamos fortalecer nossa agricultura sustentável. Nossa cooperação promoverá padrões comuns de sustentabilidade, mecanismos de rastreabilidade e inovações tecnológicas.Precisamos de ímpeto renovado para recuperar nossa capacidade industrial com responsabilidade ambiental”, disse.


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Lula disse ainda que o governo brasileiro pretende propor a criação de uma taxonomia sustentável no Mercosul, com o objetivo de atrair investimentos para uma transição energética justa. “A América do Sul tem tudo para ser o coração desse processo”, declarou.

O presidente alertou para os impactos das mudanças climáticas já perceptíveis no Cone Sul. “A região sofre com estiagens e enchentes que causam perdas humanas, destruição de infraestrutura e quebras de safra. A realidade está se movendo mais rápido que o Acordo de Paris, expondo a falácia do negacionismo climático”, afirmou.


Ele voltou a citar a meta brasileira de reduzir entre 59% e 67% as emissões de gases de efeito estufa em todos os setores econômicos até 2035. “Na COP30, em Belém, teremos a chance de mostrar ao mundo as soluções que vêm da América do Sul”, disse.

Lula também destacou que a região já possui matriz energética mais limpa do que a de outras partes do mundo e citou as reservas estratégicas de minerais críticos.


“Acabo de voltar da Cúpula do G7, na qual se discutiu o acesso a esses minerais como imperativo de segurança energética. A corrida por lítio, terras raras, grafita e cobre já começou. O Mercosul ampliado é nossa melhor plataforma para coordenar políticas nacionais”, afirmou.

Segundo ele, é fundamental garantir que o beneficiamento desses recursos ocorra nos países sul-americanos, com transferência de tecnologia e geração de empregos e renda.

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