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R7 Brasília

Lula diz que comportas do Rio Grande do Sul deveriam ter sido cuidadas ‘há muito tempo’

Presidente falou em solução definitiva para a questão das enchentes na cidade de Porto Alegre e na região metropolitana gaúcha

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

O presidente Lula em reunião com Leite Ricardo Stuckert/PR - 13.05.2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, durante reunião ministerial realizada na tarde desta segunda-feira (13), sem citar nomes, que pessoas não cuidaram de “comportas que deveriam ter sido cuidadas há muito tempo no Rio Grande do Sul”. O estado enfrenta uma tragédia ambiental por causa de enchentes. O chefe do Executivo também falou em discussão para resolver de forma definitiva o problema das enchentes na cidade de Porto Alegre e na região metropolitana gaúcha.

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“Esse fenômeno que aconteceu, sabe, me parece que não foi só o fenômeno da chuva, me parece que tem o fenômeno também das pessoas que não cuidaram das comportas que deveriam ter sido cuidadas há muito tempo. Mas tudo isso é um problema para ser resolvido daqui para a frente. Nós vamos tentar apresentar a nossa contribuição para o povo do Rio Grande do Sul, apresentando uma discussão nacional para resolver definitivamente a questão das enchentes na cidade de Porto Alegre e região metropolitana”, afirmou Lula.

A declaração foi dada durante reunião ministerial com todos os 38 ministros. Na ocasião, Lula discute com os titulares as próximas ações do governo para socorrer o Rio Grande do Sul. As fortes chuvas que atingem o estado deixaram 147 pessoas mortas, segundo boletim da Defesa Civil. O levantamento mostra ainda que há 806 feridos, e 127 continuam desaparecidos. O número de pessoas que tiveram que deixar suas casas passa de 600 mil, com cidades inteiras embaixo d’água há dez dias.

Na reunião ministerial, o presidente deu uma bronca aos ministros que divulgam ideias para tratar dos problemas enfrentados pelo Rio Grande do Sul, mas que ainda não foram transformadas em políticas públicas. Segundo o petista, a medida enfraquece a criação posterior de uma proposta robusta e eficiente.


“Não dá para cada um de nós, que tem ideia, anunciar publicamente a ideia. A ideia é um instrumento de conversa do governo para que a gente transforme a ideia numa política real... Isso termina não construindo uma política pública sólida, com atuação homogênea no governo, no caso do Rio Grande do Sul. Dito isso, eu queria agradecer o trabalho que vocês já fizeram”, disse.

O chefe do Executivo voltou a criticar as notícias falsas em meio à tragédia ambiental gaúcha. “Muitas vezes os negacionistas passam para a humanidade a ideia de que esse negócio do clima, de aquecimento do planeta, de chuvas torrenciais, de furacões, é coisa de ambientalista ou intelectual. Quando, na verdade, o mundo está passando por um processo de transformação que somente nós, seres humanos, seríamos capazes de controlar se tivéssemos capacidade, competência, sabedoria para nos comportarmos de acordo com aquilo que a ciência nos ensina”, destacou.

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