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R7 Brasília

Lula recebe CEO de montadora chinesa, que deve produzir carros no Brasil a partir de 2025

Vice-presidente da BYD visitou recentemente as obras da fábrica na Bahia, que deve gerar 20 mil empregos até o fim de 2026

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Executiva também visitou obras da fábrica da empresa na Bahia Ricardo Stuckert/Presidência da República - 2.12.2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta segunda-feira (2), no Palácio do Planalto, em Brasília, a vice-presidente da montadora de veículos chinesa BYD, Stella Li, que também é CEO da empresa nas Américas. A firma está construindo uma fábrica em Camaçari (BA), que deve gerar 10 mil empregos diretos até o fim do ano que vem e 20 mil até dezembro de 2026. A futura estrutura está em fase de ajustes finais para a inauguração de uma primeira etapa ainda neste ano. Os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) também participaram do encontro.

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A executiva informou a Lula que o desejo da BYD é produzir os primeiros veículos no Brasil a partir de março de 2025, na fábrica baiana. “Essa será a maior e mais avançada planta de produção de veículos elétricos do mundo fora da China”, afirmou Li. A expectativa da montadora chinesa é produzir 150 mil carros até o fim do próximo ano e 300 mil, por ano, até o fim de 2026. A BYD quer que a fábrica brasileira abasteça, prioritariamente, o mercado nacional e sul-americano.

Stella Li visitou recentemente as obras em Camaçari, que incluem um centro de pesquisa tecnológica. Segundo a executiva, a empresa vai manter a “promessa” feita a Lula, de produzir no Brasil o primeiro sistema híbrido flex da empresa. O modelo terá motor a eletricidade, gasolina e álcool. Participaram do projeto 110 engenheiros chineses e brasileiros.

Condições de trabalho precárias

A BYD e as empresas chinesas terceirizadas Jian Jang, Open Engineering e AE Corp são investigadas por maus-tratos e condições precárias de trabalho na futura fábrica de Camaçari. A denúncia, feita em setembro, foi seguida por uma visita do Ministério Público do Trabalho e da Polícia Federal em novembro, quando as condições precárias foram constatadas. Agora, uma investigação está em curso.


Segundo a denúncia, funcionários das empresas terceirizadas têm sofrido maus-tratos e trabalham em condições precárias nas obras. Os colaboradores não são da BYD, mas, sim, das empresas Jinjiang Group, AE Corp e Open Steel, construtoras que atuam com a BYD em diversos países. Há cerca de 500 trabalhadores na fábrica de Camaçari, e o investimento na obra chega a R$ 5,5 bilhões.

Fábrica da GWM em SP

Na semana passada, Lula recebeu o presidente da GWM International, Parker Shi, no Planalto. Eles debateram a inauguração e o início da produção de fábrica da empresa chinesa no país, com expectativa de que o espaço comece a funcionar em 2025 em Iracemápolis (SP). Segundo a companhia, o investimento é de R$ 10 bilhões, com previsão de gerar 700 empregos diretos.

Shi convidou Lula para a inauguração da fábrica. “O executivo da GWM, que visita o Brasil pela primeira vez, reafirmou o interesse da empresa em expandir a participação no mercado automotivo brasileiro, em particular de veículos elétricos e híbridos (elétrico e a combustão, inclusive a etanol). Ele ressaltou o aporte tecnológico significativo previsto e a intenção de criar um centro de pesquisa e desenvolvimento do grupo no Brasil”, destacou o governo federal, em nota.

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