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Lula sobre operação no setor de combustíveis: ‘Crime organizado está em tudo quanto é lugar’

Presidente avaliou que operação desta quinta pode fortalecer aprovação da PEC da Segurança Pública em tramitação no Congresso

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O presidente Lula elogiou a operação da Receita no setor de combustíveis, que investiga ligações com o PCC.
  • Ele destacou que o crime organizado está presente em diversas áreas, classificando-o como uma "multinacional" sofisticada.
  • A operação deve ajudar na tramitação da PEC da Segurança Pública no Congresso Nacional.
  • Lula afirmou que a Polícia Federal continuará investigando e que mostrará a identidade dos envolvidos no crime organizado.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Lula cumpre agenda em Minas Gerais nesta sexta Antonio Cruz/Agência Brasil - 28.08.2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a elogiar, nesta sexta-feira (29), a operação da Receita realizada na quinta-feira (28) contra fraudes no setor de combustíveis e outros associados ao PCC (Primeiro Comando da Capital). Lula avaliou que o “crime organizado hoje está em tudo quanto é lugar” e observou que a operação deve fortalecer a tramitação da PEC da Segurança Pública no Congresso Nacional.

O chefe do Executivo alertou que hoje o crime organizado é uma “coisa sofisticada”.


“Ele está na política, no futebol, na justiça, está em tudo quanto é lugar, é um braço internacional muito poderoso, que tem relações com o mundo inteiro e é uma verdadeira multinacional. Eles estão em todos os lugares. Obviamente é muito investimento e inteligência para começar a descobrir esses [envolvimentos], mas vamos chegar lá”, garantiu.

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Lula classificou ainda a operação de ontem como a mais importante da história do Brasil. “Nós descobrimos que tem muita gente ligada ao crime organizado. Ontem fizemos a operação mais importante da história de 525 anos do Brasil. Queremos saber quem é que efetivamente faz parte do crime organizado. Quem fizer [parte], vai aparecer.”


O presidente também citou a fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em coletiva ontem, quando o ministro afirmou que a operação conseguiu chegar ao “andar de cima” dos envolvidos no crime organizado.

“Acho que vamos ver quem está no crime organizado, eu não sou de fazer ufanismo, não sou de ficar ameaçando, mas vamos fazer [investigações]. Quem vai fazer é a Polícia Federal, organizada pelo Ministério da Justiça”, disse.


Lula também alfinetou o ex-presidente Jair Bolsonaro, que já deu declarações dizendo que o petista era envolvido com o crime organizado. “A gente vai mostrar a cara de quem faz parte do crime organizado desse país. E o ex-presidente [Jair Bolsonaro] que tome cuidado”, afirmou.

As declarações de Lula foram dadas pela manhã em entrevista uma rádio local mineira, onde o presidente cumpre agenda oficial ao longo do dia. Ontem, Lula já tinha dito que a operação foi a “maior resposta do Estado brasileiro ao crime organizado de nossa história até aqui”.


Setor de combustível

Em maio, o R7 publicou reportagem que mostrava que o setor de combustível tinha pelo menos 941 postos de gasolina sob algum domínio de facções criminosas. De acordo com dados obtidos pela reportagem na época, São Paulo era o estado mais crítico, com 290 postos influenciados ou dirigidos pelo crime organizado; a unidade federativa é seguida por Goiás (163), Rio de Janeiro (146) e Bahia (103) (veja dados abaixo).

Os dados eram de levantamento feito pelo setor e compartilhado com a reportagem. Para mapear os postos, a pesquisa considerou diversos fatores, como relação de agentes com participações societárias, uso de laranjas e relações entre postos e redes. Hoje, o Brasil tem cerca de 42 mil postos de combustível.

A análise revela que os dirigentes e responsáveis por esses postos de gasolina estariam envolvidos em lavagem de dinheiro e envolvimento em operações policiais, além de muitos terem histórico prisional.

Fiscalização postos combustíveis Arte/R7

PEC da Segurança Pública

Lula também avaliou que a operação da Receita com apoio da PF deve auxiliar na tramitação da PEC da Segurança Pública. “Não vamos dar trégua para o crime organizado. O que aconteceu ontem foi muito importante, acho que vai facilitar a aprovação da PEC no Congresso Nacional. A gente vai fazer mais uma discussão de como aperfeiçoar a política pública desse país, porque o que queremos é saber como o governo federal pode ajudar junto com os governadores a fazer a polícia mais eficiente”, defendeu.

Perguntas e Respostas

Qual foi a avaliação do presidente Lula sobre a operação da Receita no setor de combustíveis?

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou a operação realizada no setor de combustíveis e afirmou que o crime organizado está presente em diversos setores da sociedade. Ele acredita que essa operação pode fortalecer a tramitação da PEC da Segurança Pública no Congresso Nacional.

Como Lula descreveu o crime organizado?

Lula descreveu o crime organizado como uma “coisa sofisticada” que está presente na política, no futebol, na justiça e em muitos outros lugares. Ele mencionou que se trata de uma “multinacional” com relações internacionais e que é necessário investimento e inteligência para descobrir os envolvidos.

O que Lula disse sobre a operação e a identificação de envolvidos no crime organizado?

O presidente afirmou que a operação foi uma das mais importantes da história do Brasil e que pretende identificar quem faz parte do crime organizado. Ele destacou que a Polícia Federal, organizada pelo Ministério da Justiça, será responsável pelas investigações.

Qual foi a menção de Lula ao ex-presidente Jair Bolsonaro?

Lula alfinetou Jair Bolsonaro, que já havia insinuado que o presidente atual estava envolvido com o crime organizado. Lula afirmou que irá mostrar quem faz parte do crime organizado e alertou Bolsonaro para ter cuidado.

Quais dados foram apresentados sobre o setor de combustíveis e o crime organizado?

Uma reportagem anterior revelou que pelo menos 941 postos de gasolina estavam sob domínio de facções criminosas, com São Paulo sendo o estado mais afetado. A pesquisa considerou fatores como relações societárias e uso de laranjas. Muitos dos responsáveis por esses postos estariam envolvidos em lavagem de dinheiro e operações policiais.

Qual é a expectativa de Lula em relação à PEC da Segurança Pública?

Lula acredita que a operação da Receita, com apoio da Polícia Federal, deve facilitar a aprovação da PEC da Segurança Pública no Congresso Nacional. Ele enfatizou a importância de discutir como aprimorar a política pública para tornar a polícia mais eficiente.

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