CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do DF vota relatório final nesta quarta-feira
Generais, agentes de segurança, manifestantes e supostos financiadores foram ouvidos em 106 horas de depoimentos
Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília
O relatório final da CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal será apresentado e votado nesta quarta-feira (29). Os deputados distritais colheram o último depoimento em 16 de novembro. Foram 31 depoimentos que se estenderam por mais de cem horas. A primeira sessão foi em 14 de fevereiro.
O presidente da CPI, deputado Chico Vigilante (PT), acredita que o relator, deputado Hermeto (MDB), vai apresentar um "bom relatório", que, segundo o presidente, deve ser aprovado sem problemas. Vigilante acredita que os depoimentos colhidos foram completos, e "os objetivos alcançados".
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O prazo inicial de 180 dias da comissão mostrava que o encerramento deveria ser em 6 de setembro, mas os sete membros do colegiado votaram pela prorrogação por mais 90 dias.
Entre os ouvidos, estão autoridades da Segurança Pública, da Polícia Militar do Distrito Federal, do Exército Brasileiro e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. Além disso, extremistas e supostos financiadores dos acampamentos também prestaram depoimento.
Por alguns dos depoentes estarem detidos pela participação nos atos em 8 de janeiro, uma autorização prévia do Poder Judiciário foi necessária para que pudessem comparecer à Casa. O depoimento do hacker Walter Delgatti Neto foi realizado por videochamada, já que ele está preso em São Paulo. Outras 16 oitivas solicitadas pelos distritais não chegaram a ser realizadas.
No total, 208 requerimentos foram apresentados pelos deputados durante todo o processo, entre pedidos para depor, solicitação de informações e documentos junto ao poder público, requisição de quebra de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático de envolvidos.