Major suspeito de ensinar práticas de guerrilha a extremistas apresenta atestado e falta à CPI
Cláudio Mendes dos Santos passou mal e foi levado para a UPA de São Sebastião, no DF; ele será reconvocado no dia 9 de novembro
Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília
O major da Polícia Militar suspeito de ensinar práticas de guerrilha aos manifestantes do 8 de Janeiro, Cláudio Mendes dos Santos, apresentou um atestado à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos e faltou ao depoimento marcado para esta quinta-feira (19) na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Segundo o presidente da Comissão, Chico Vigilante (PT), ele passou mal e foi levado para uma unidade de pronto atendimento (UPA) em São Sebastião. "A nossa equipe da CPI esteve no presídio onde ele estava, temos autorização do ministro Alexandre de Moraes [para ouvir o depoimento], mas ele passou mal e tem atestado de três dias", explicou.
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Com o imprevisto, a sessão desta quinta foi encerrada após a leitura do aviso do presidente. Como os parlamentares avaliaram que o mal-estar do major é verdadeiro, ele será convocado novamente para depor no dia 9 de novembro.
O presidente da CPI também adiantou o cronograma dos próximos depoentes. Para o dia 26, é esperado o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha. Já no dia 16, a Casa vai ouvir o coronel da PMDF Reginaldo de Souza Leitão por suspeita de ter integrado um grupo de mensagens que trocava informações sobre o 8 de Janeiro.
Chico Vigilante espera encerrar as sessões com esse último depoimento. No entanto, a oposição pede que ainda sejam ouvidos o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o coronel Sandro Augusto de Sales Queiroz, ex-comandante do Batalhão de Pronto Emprego da Força Nacional.