O tenente-coronel Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou em depoimento à Polícia Federal que nunca pediu que o ex-ministro do Turismo Gilson Machado tirasse passaporte para ele. Nesta sexa-feira (13), Machado foi preso por suspeita de ajudar Cid.Cid é suspeito de tentar obter o passaporte português para deixar o Brasil. A apuração aponta um possível plano de fuga articulado com apoio de aliados do ex-presidente Bolsonaro.A Polícia Federal chegou a pedir a prisão preventiva de Mauro Cid, mas o mandado foi revogado antes do cumprimento. Ainda assim, ele foi convocado a prestar depoimento sobre o caso.A suspeita da PGR (Procuradoria-Geral da República) é de que Cid estaria tentando sair do país para escapar das investigações relacionadas à tentativa de golpe de Estado, pela qual ele, Bolsonaro e outras 29 pessoas já respondem a uma ação penal no STF (Supremo Tribunal Federal).Em fevereiro deste ano, após ser cobrado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid disse à Corte que tinha dado entrada em um pedido de cidadania portuguesa em 11 de janeiro de 2023, mas que não tinha solicitado nem possuía passaporte português. O tenente-coronel afirmou também que, como havia feito acordo de delação premiada, que prevê o uso de tornozeleira eletrônica, seria impossível viajar para o exterior sem autorização judicial. No documento, Mauro Cid explicou que a solicitação ocorreu pelo fato de que toda a sua família já possuía cidadania portuguesa.Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp