Mayara Noronha deixa Secretaria de Desenvolvimento Social do DF
Primeira-dama deve ser substituída pela atual secretária-adjunta da pasta, Ana Paula Soares Marra
Brasília|Jéssica Moura, do R7, e Ribas Martins, da Record TV
A secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha, deixou o cargo nesta sexta-feira (12). Um café da manhã de despedida com líderes de comunitários foi organizado no Palácio do Buriti para confirmar o anúncio. A exoneração deve ser publicada no Diário Oficial do Distrito Federal ainda hoje. Ela confirmou a saída pelas redes sociais.
Mayara Noronha deve ser substituída pela número 2 da pasta, a secretária-adjunta Ana Paula Soares Marra. Ela sai do cargo em meio à alta na demanda por atendimento nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), que têm registrado longas filas nos últimos meses.
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Diante disso, o governo chegou a anunciar a retomada 100% presencial dos atendimentos à população e mutirões nos sábados. A estimativa da pasta é que haja uma demanda reprimida pelos serviços de 200 mil pessoas.
Advogada e casada com o governador Ibaneis Rocha, a secretária assumiu a pasta em abril de 2020 no lugar de José Humberto Pires, hoje secretário de Governo, pouco depois da emergência da pandemia de Covid-19. A secretaria tem a atribuição de executar políticas de Assistência Social, Transferência de Renda e de Segurança Alimentar e Nutricional.
Despedida
A primeira dama fez um balanço do seu trabalho a frente da pasta em seu perfil oficial no Instagram. Destacou que ampliou o Cartão Prato Cheio de 6 mil para 60 mil famílias e que ampliou de oito para 19 o número de casas de passagem. Lembrou, ainda, que o governo criou repúblicas para jovens de 18 anos que deixarem instituições de acolhimento e agradeceu os servidores da secretaria.
“Estou me despedindo da Secretaria de Desenvolvimento Social justamente porque estamos entrando em um período mais politizado que o normal. Então, por questão de coerência, de ética, resolvi sair da secretaria. Mas está ficando aqui um time de peso, servidores qualificados, competentes, técnicos, que vão tocar [os trabalhos] da melhor forma possível, mais técnica o possível, com mais independência possível”, afirmou.