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Moradores denunciam cobrança ilegal na fila do Cras no DF

De acordo com eles, uma mulher guarda o lugar na fila  e os casos de cobrança de taxas são comuns em São Sebastião 

Brasília|Giovana Cardoso*, do R7, em Brasília


Unidade do Cras
Unidade do Cras

Moradores de São Sebastião, no Distrito Federal, denunciaram casos de cobrança de taxas por lugares na fila do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) em junho deste ano. De acordo com eles, uma mulher estaria oferecendo vagas para o atendimento no centro em troca de pagamento.

Segundo Franciele da Cruz, moradora da região, a mulher estaria controlando a fila per meio de uma lista. "Ela fica na fila e aguardando, quando chega a hora do atendimento, as pessoas que colocaram o nome entram na frente de todo mundo", disse.

Lista para atendimento no centro
Lista para atendimento no centro

Outra moradora, que pediu para não ser identificada, relatou que a oferta desse "serviço" é comum na internet. Em grupos de redes sociais, pessoas fazem publicações oferecendo vagas. Por outro lado, outros fazem denúncias sobre esse tipo de "ajuda". "Nas redes sociais, o pessoal está oferecendo muito para garantir vagas nas filas e estão recebendo por isso", afirmou a moradora. 

Em um grupo do Facebook , outras pessoas relataram as cobranças ilegais e afirmaram terem sido taxadas por um agendamento.

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Agressão

No último dia 20, uma mulher foi agredida após ser acusada de comprar um lugar na fila. Ao R7, Ana Paula Martins disse que estava esperando pelo atendimento normalmente, mas teve que sair para deixar as filhas em casa, ao retornar tentou voltar para o mesmo lugar e logo depois sofreu as agressões.

Os moradores ainda afirmaram que acionaram a polícia e uma equipe compareceu ao local, entretanto os casos continuaram ocorrendo. Apesar do relato, a Polícia Militar e Civil afirmaram que não há registro de ocorrência.

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Em nota, a Secretaria de Desenvolvimento Social informou que "orienta a população de que o acesso às unidades deve ser feito exclusivamente via servidor público e que qualquer cobrança de senha para atendimento configura ato ilícito por parte de quem vende e de quem compra".

Situação do Cras

Em junho, a secretária de Desenvolvimento Social do Distrito Federal, Mayara Noronha, associou a alta demanda nos Centros à crise econômica e social agravada pela pandemia de Covid-19. De acordo com a pasta, em 2020 cerca de 53 mil pessoas procuravam o local e atualmente o número subiu para 200 mil.

*Estagiária sob supervisão de Fausto Carneiro

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