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R7 Brasília

Metrô do DF recolhe dois trens para manutenção após falhas na manhã desta segunda

Segundo a Companhia do Metropolitano, o sistema está normal; no fim de semana, um trem pegou fogo

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília


Expansão do Metrô-DF em Samambaia tem contrato assinado
Dois trens foram recolhidos para manutenção

O Metrô do Distrito Federal recolheu na manhã desta segunda-feira (15) dois trens para manutenção. A medida foi adotada após os vagões apresentarem falhas no início da manhã na estação da Feira e na estação Águas Claras. Em nota ao R7, a Companhia do Metropolitano do DF disse que o “sistema está normal”.

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No sábado (13) um trem pegou fogo e a circulação precisou ser interrompida nas estações da Asa Sul. O episódio ocorreu entre as estações 110 Sul e 114 Sul e, segundo o Metrô, ninguém ficou ferido, pois o motorista evacuou o trem antes de o incêndio começar. O trem foi rebocado ao pátio de manutenção para avaliar as causas do incidente.

Após o episódio, o presidente do Metrô-DF (Companhia do Metropolitano do Distrito Federal), Handerson Cabral, afirmou que a frota da empresa é “100% segura”. Cabral disse que o episódio foi uma “fatalidade”. O incêndio de sábado foi o segundo registrado no Metrô-DF em seis meses — em janeiro deste ano, um vagão pegou fogo próximo à estação Águas Claras, no sentido Samambaia.

“100% da frota está segura. Apesar do evento de ontem, 100% dos trens estão aptos a serem usados e a circularem, levando os passageiros. As equipes estão treinadas e habilitadas para, em caso de incidentes, agir para defender o usuário. Precisamos melhorar, já entendemos isso, [mas] foi uma fatalidade. Vamos rever mais melhorias dentro dos procedimentos”, declarou em coletiva de imprensa.


O presidente afirmou que o vagão incendiado no sábado (13) estava há cerca de 30 anos em circulação e que todas as manutenções estavam em dia.

“Em janeiro [depois do primeiro incêndio], fizemos uma inspeção termográfica Esse trem de ontem passou pelo teste e nada foi identificado, de alerta, de troca, nada. Sob o ponto de vista de manutenção e engenharia, estávamos totalmente tranquilos. Todas as manutenções [a que o trem foi submetido] foram preventivas, nenhuma do tipo corretiva, aquela em que [o vagão passa depois que] apresenta problema’, completou, ao reforçar que a próxima manutenção prevista seria em nove dias.


Segundo Cabral, a perícia da Polícia Civil do DF vai atuar no caso, para entender “o que pode ter ocasionado esse incêndio”. A expectativa é que o Conselho Permanente de Segurança do Metrô-DF, formado por engenheiros, monte um grupo de trabalho nesta semana. A equipe vai avaliar o episódio tecnicamente e emitir um relatório final sobre o caso “tão logo seja possível”.

O fabricante do vagão que pegou fogo no sábado é o mesmo responsável pela construção do carro incendiado em janeiro.


“Hoje pela manhã, tive uma conversa com diretores da empresa fabricante dos trens, para que possam vir nos auxiliar em uma inspeção mais detalhada e determinar, eventualmente, um programa de manutenção, reabilitação ou plano de ataque para identificar se é um componente ou o sistema que tem causado esse tipo de incidente. Identificada essa causa, vamos planejar, junto com o fabricante, ação de reabilitação especialmente para esses trens, para mitigar e eliminar esse tipo de risco”, destacou o presidente.

Alterações no protocolo de segurança

Cabral afirmou, ainda, que o Metrô-DF vai mudar o procedimento padrão para casos parecidos. O processo atual determina que, ao apresentar qualquer indício, como sinal de fumaça, o carro deve ser esvaziado e levado ao pátio de manutenção — normas seguidas pelo piloto no sábado (13).

“Se houver sinal de fumaça, o trem não só será desenergizado e desligado, mas vai permanecer na linha onde estiver para que equipe de manutenção possa ir até o trem [em vez de o trem ser levado até a equipe] para uma avaliação mais profunda e autorização de retirada do local. É mais seguro e prudente ter um trem parado do que fazer retirada do trem e ter incidente como esse, de incêndio dentro do trem”, completou.

Com o incidente, o Metrô-DF vai remanejar os vagões restantes para diminuir o impacto sobre as linhas. A expectativa é que o trem incendiado no sábado (13) retome a circulação em 30 dias. O carro atingido em janeiro ainda não voltou a funcionar — segundo Cabral, a retomada deve ocorrer em cerca de três meses.

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