Ministro da Agricultura diz que prioridade do Plano Safra é povo brasileiro e queda nos preços
Carlos Fávaro defendeu estratégia para obter redução do preço dos alimentos; nova edição do Plano vai destinar R$ 516 bi para setor
Brasília|Do R7, com informações da Agência Brasil

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou nesta quinta-feira (3) que o Plano Safra 2025/2026, lançado esta semana pelo governo federal, tem como prioridade número um “o povo brasileiro”. A declaração foi dada durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro.
“Quando a gente lança um Plano Safra dessa magnitude, que aumenta o potencial para o Pronamp [Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural], quem se beneficia é a população porque os alimentos tendem a cair de preço”, disse.
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O novo Plano Safra destina R$ 516,2 bilhões à agricultura empresarial, o maior valor já registrado, com aumento de R$ 8 bilhões em relação ao ano anterior. É o terceiro recorde consecutivo.
Além disso, o governo lançou, na segunda-feira (30), o Plano Safra da Agricultura Familiar, com R$ 89 bilhões voltados a pequenos produtores. A nova edição amplia o acesso ao crédito, com foco na transição agroecológica e na inclusão produtiva.
Segundo Fávaro, os investimentos já resultam em impactos positivos, como o recuo nos preços de alimentos. “Vivemos em 2025, fruto do Plano Safra do ano passado, um recorde da safra brasileira. E vimos o preço do arroz, do feijão, da batata, do tomate, da cebola e das carnes cair. É a população que sai beneficiada”, afirmou.
O ministro destacou ainda o desempenho das exportações. “Esse excedente foi tão grande que batemos recorde nas exportações. É fazer a força para o Brasil crescer, mas, principalmente, ter alimento barato e de qualidade na mesa da população.”
Recorde
Fávaro comentou a evolução do Plano Safra nos últimos anos. “Em 2022, o último do governo passado, foram R$ 364 bilhões. No primeiro [plano] do presidente Lula neste mandato, R$ 471,2 bilhões. O segundo, em 2024, R$ 508,6 bilhões. E agora, R$ 516,2 bilhões, 42% a mais do que o último Plano Safra do governo passado”, afirmou.
Ele também ressaltou o aumento no limite de renda para enquadramento no Pronamp: de R$ 3 milhões para R$ 3,5 milhões de receita bruta anual.
Com isso mais gente acessa o juro mais barato do Plano Safra, que é de 10% ao ano, o que quer dizer 50% mais barato que a Selic e mais ou menos a metade do que está o juro do mercado, que é 18%, 19%, 20% ao ano”, explicou.
Regionalização e distribuição
Fávaro afirmou que o governo tem buscado distribuir os recursos de forma mais equilibrada entre as regiões do país. “Nos últimos três Planos Safra, é uma estratégia do governo que o recurso da agricultura familiar, que era basicamente concentrada no Sul do país, subisse para o Norte e Nordeste. O crescimento foi da ordem de 94%”, destacou.
O ministro explicou ainda que os bancos operadores do plano prestam contas mensalmente sobre a demanda regional e, com base nesses dados, o governo faz remanejamentos.
“É importante o papel, inclusive da imprensa e das entidades de classe. A gente imediatamente faz o remanejamento para atender, na medida possível, todos os produtores brasileiros”, concluiu.
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