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Ministro de Minas e Energia diz não ver contradição na entrada do Brasil na Opep+

Alexandre Silveira também defendeu a liderança brasileira na transição energética global: Lula é 'líder certo na hora certa'

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Silveira defende liderança do Brasil na transição energética
Silveira defende liderança do Brasil na transição energética

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a afirmar que não vê contradição na entrada do Brasil na Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) e defendeu a liderança do país na transição energética global. A declaração foi dada nesta quinta-feira (7).

"Não, muito pelo contrário. Na verdade, o Brasil voltou a dialogar com a imprensa nacional, com o mundo, está muito bem colocado do ponto de vista geopolítico. O presidente Lula é alguém que dialoga para poder buscar convergência em todos os problemas reais da sociedade, não só brasileira, mas é o líder certo na hora certa para poder discutir os problemas tão graves que vivemos, inclusive os problemas ambientais", disse Silveira.

"O Brasil recebeu o convite dos sauditas para participar de uma plataforma de discussão dos países produtores. Eu sempre tenho dito, e não vou mudar de posição só porque não estava no Brasil, estava na COP, que o Brasil também é produtor de petróleo e gás. E tem inclusive uma das maiores petroleiras do mundo, que é conhecida pela segurança na exploração de águas profundas", acrescentou.

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A Opep+ é composta dos principais produtores de petróleo global, responsáveis por 80% da produção mundial. Seus membros incluem Angola, Arábia Saudita, Argélia, Congo, Emirados Árabes Unidos, Gabão, Guiné Equatorial, Irã, Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria e Venezuela. Confirmada a entrada do Brasil, ele será o segundo país sul-americano a fazer parte da organização.


Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não vê contradição no fato de o Brasil passar a aderir, em janeiro do ano que vem, à organização. A participação brasileira, segundo o petista, é uma forma de discutir o investimento de países ricos e que têm petróleo em nações pobres do continente africano, da América Latina e da Ásia. “Eles [países ricos da Opep] podem financiar o etanol, o biodiesel, a [energia] eólica e solar e o hidrogênio verde”, afirmou o presidente.

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Silveira defendeu a liderança do Brasil na transição energética global. "Nós temos 88% da nossa energia elétrica limpa e renovável. Ou seja, nós fomos para a COP e vamos para a COP30, aqui no Brasil, de forma extremamente altiva, dar exemplo ao mundo que estamos com projetos modernos, que vão descarbonizar matrizes fundamentais, como de transporte e mobilidade através do combustível do futuro", disse.

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