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R7 Brasília

Ministro planeja aumentar malha ferroviária, mas não há previsão de obras até abril

Renan Filho apresentou o plano dos próximos 100 dias; ele deseja que as ferrovias sejam 40% da matriz de transporte no Brasil

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Ministro dos Transportes, Renan Filho, durante coletiva de imprensa no ministério
Ministro dos Transportes, Renan Filho, durante coletiva de imprensa no ministério

O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), quer que as ferrovias sejam 40% da matriz de transporte do país até 2035. O ministro apresentou o plano de ação dos próximos 100 dias nesta quarta-feira (18), e no planejamento não existe previsão de iniciar ou retomar obras na linha férrea, há apenas a assinatura de contratos, realização de estudos e lançamento de editais.

As obras da ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) estão entre as prioridades do ministro, mas é necessário a publicação de um edital remanescente. A Integração Centro-Oeste (Fico) também está entre os destaques. O ministro adiantou que o plano é realizar uma concessão com investimento 100% privado para viabilizar o Corredor Fico-Fiol. Por enquanto, esse projeto está na fase final de estudos, que devem ser concluídos até abril.

Antes de fazer a concessão, Renan Filho avaliou ser necessária a conclusão de 65% das obras do trecho 2 da Fiol, o que "levantaria condições para investimentos na Fiol 3, 100% privado". Segundo ele, para se chegar a esse percentual, não seria necessária a aplicação de mais recursos do orçamento da pasta, sendo possível captar investimentos a partir de renovação de contratos de forma antecipada.

Com o objetivo de avançar na revitalização, retomada e intensificação dos projetos ferroviários, o Ministério dos Transportes planeja assinar 11 contratos de novas ferrovias já autorizadas entre janeiro e abril. A contratação da terceira etapa de adequação do Ramal Ferroviário em Barra Mansa, no Rio de Janeiro, entra no rol do planejamento de ação de 100 dias de governo.


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Outro objetivo dentro dos primeiros quatro meses de governo é iniciar as tratativas para a construção do Ferrogrão, que passa a ser chamado de "EF-170" pela pasta. O projeto está parado por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por questões ambientais.


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Se sair do papel, a obra, incluindo 900 quilômetros de trilhos, vai proporcionar o principal centro para escoar grãos de Mato Grosso, ponto de interesse do ministro do Transporte. Ele disse já ter tratado o assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.


"A ideia é fazer o que for possível, respeitando as condições ambientais. Ninguém vai defender uma obra que destrua o meio ambiente", disse, completando que conversará com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, "para iniciar as tratativas de condução desse projeto".

Viabilizar a ferrovia Ferrogrão é importante para cumprir com a projeção de transformar o modal em 40% da matriz de transporte brasileira para a próxima década. Atualmente, as ferrovias representam menos de 20% da matriz.

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