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MST vai indicar membros para compor governo Lula

Dirigente nacional do movimento afirmou que negociações já estariam sendo feitas com o ministro do Desenvolvimento Agrário

Brasília|Do R7

MST vai indicar membros para ocupar cargos no segundo escalão do governo
MST vai indicar membros para ocupar cargos no segundo escalão do governo

Após ter participado da coordenação de campanha da coligação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições do ano passado, o Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) vai indicar membros para ocupar postos-chave no segundo escalão do terceiro mandato do petista. A informação foi confirmada por Alexandre Conceição, da direção nacional do movimento, em entrevista ao Brasil de Fato.

Segundo ele, o MST vai “disponibilizar” nomes para compor cargos em diretorias no novo governo. As negociações, de acordo com Conceição, já estariam sendo feitas com o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Paulo Teixeira, atual secretário-geral do PT. “Temos técnicos, políticos e outros companheiros que estão à disposição para ocupar esse espaço”, afirmou.

O apoio a Lula e ao PT não é de hoje. O MST, historicamente, compõe a base social dos governos petistas. O movimento também estaria trabalhando para “desmilitarizar” o MDA e o Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra) e conseguir emplacar apadrinhados em diretorias do órgão. 

Além disso, segundo Conceição, o MST defende a transferência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a alçada do MDA.


Na disputa eleitoral de 2022, o movimento conseguiu eleger seis candidaturas em cargos de deputados estaduais e federais. No entanto, a presença de partidos de oposição, como o PL, que terá a maior bancada no Congresso, deve dificultar o avanço de pautas do grupo.

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Retomada de ocupações

Em junho do ano passado, o líder do MST, João Pedro Stédile, afirmou que as “mobilizações de massa” voltariam no caso da vitória de Lula. Segundo ele, um resultado positivo para o PT nas urnas retomaria a "luta de classes com greves, ocupações de terra e outras mobilizações".

Os acampamentos do MST são montados em propriedades de terra em situação irregular. As famílias do movimento se instalam como forma de pressionar o governo a desapropriar áreas que não cumprem a função social prevista na Constituição de 1988. As famílias passam, então, a desenvolver na área a agricultura familiar em cooperativas, até que a terra seja desapropriada pelo governo e concedida às pessoas que estão produzindo.

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