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Moraes dá à PF 48 horas para ouvir Gonçalves Dias sobre vídeos no Planalto no 8 de Janeiro

Ministro determinou que o novo chefe do GSI informe em 24 horas todos os servidores civis e militares que aparecem nas imagens

Brasília|Gabriela Coelho e Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes
O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou à Polícia Federal que ouça em até 48 horas o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias, exonerado do cargo nesta quinta-feira (20), após ter pedido demissão. A decisão foi tomada depois de imagens do circuito de segurança do Palácio do Planalto mostrarem que ele estava no prédio quando a sede do Executivo foi palco de atos de vandalismo, em 8 de janeiro.

Moraes também determinou ao novo chefe interino do GSI, Ricardo Capelli, que informe em até 24 horas todos os servidores civis e militares que aparecem nas citadas imagens e quais as providências tomadas.

"Na data de hoje, a imprensa veiculou gravíssimas imagens que indicam a atuação incompetente das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto, inclusive com a ilícita e conivente omissão de diversos agentes do GSI", diz um trecho da decisão.

O ministro mandou à PF também que informe se analisou todas as câmeras de segurança que captaram os atos de vandalismo de 8 de janeiro. 

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Na decisão, Moraes determinou ainda a identificação de todos os militares que aparecem nas imagens e a informação se os mesmos já foram ouvidos. Caso não tenham sido, os depoimentos devem ser realizados em 48 horas.

Pedido de demissão

O ex-ministro Gonçalves Dias pediu demissão do cargo nesta quarta-feira (19). A decisão foi tomada depois de imagens do circuito de segurança do Palácio do Planalto mostrarem que ele estava no prédio quando a sede do Executivo foi palco de atos de vandalismo, em 8 de janeiro.

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Ele teve uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outros ministros, que concordaram com a medida em meio ao desgaste gerado ao governo com a divulgação das gravações.

Relação estremecida

A relação de Lula com o GSI está estremecida desde antes da posse do presidente. Ainda durante o governo de transição, o petista decidiu que a segurança pessoal dele deveria ser feita pela Polícia Federal, e não por servidores do Gabinete de Segurança Institucional.

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Após os ataques, o desconforto aumentou. O presidente mostrou incômodo com o fato de membros das Forças Armadas ocuparem cargos no GSI e chegou a dizer que alguém poderia ter facilitado a entrada de extremistas no Planalto. Segundo Lula, teria havido conivência dos militares com os vândalos.

Com a divulgação dos vídeos, o que era uma suposição virou constatação por parte do presidente. Antes, Lula achava que Dias tinha sido, no mínimo, negligente com a situação de 8 de janeiro. Agora, tem certeza de que o ex-ministro foi conivente.

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