Motta avalia punir deputados que o impediram de presidir sessão na Câmara
Presidente da Câmara diz que parlamentares que ‘se excederam’ podem sofrer sanções
Brasília|Do R7, em Brasília
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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta-feira (7) que avalia, junto à Mesa Diretora da Casa, a possibilidade de punir deputados da oposição que participaram do protesto no plenário contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro — em especial, aqueles que o impediram de sentar na cadeira da presidência e de retomar os trabalhos da Casa.
A manifestação começou na tarde de terça-feira (5) e só terminou na noite de quarta (6), após longas negociações. A paralisação causou o adiamento de votações e tumultuou o funcionamento da Casa.
“Existem pedidos de lideranças para punir este ou aquele deputado. Estamos avaliando. É uma decisão conjunta da Mesa. Mas está, sim, em avaliação a possibilidade de punição a alguns parlamentares que ontem [quarta-feira] se excederam, digamos assim, do ponto de vista a dificultar o reinício dos trabalhos”, disse Motta durante entrevista a um portal de notícias.
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Ainda não há definição sobre quais medidas podem ser adotadas contra os parlamentares envolvidos. Nessa quarta, Motta chegou a dizer a líderes partidários que publicaria um ato para afastar por seis meses quem descumprisse a ordem para desocupar o plenário, mas a medida ainda não foi oficializada.
Na noite de quarta, Motta convocou uma sessão no plenário, mesmo em meio ao protesto. Contudo, ele demorou quase duas horas para conseguir sentar na cadeira da presidência. Diferentes parlamentares o impediram de comandar a sessão, mas no final acabaram cedendo após intensas negociações entre líderes.
Segundo o presidente da Câmara, a conduta dos deputados precisa respeitar os limites do Regimento Interno e do decoro parlamentar. “Atitudes que não colaboram para o bom funcionamento da Casa precisam ser coibidas”, declarou.
A manifestação teve início após a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro na segunda-feira (4).
O protesto foi liderado por aliados do ex-presidente. Durante a manifestação, alguns parlamentares colocaram esparadrapos na boca, por entenderem que Bolsonaro é alvo de censura.
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