O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta segunda-feira (7) que a segurança pública será tratada como prioridade pelo Legislativo. A declaração foi feita durante um debate promovido pela ACSP (Associação Comercial de São Paulo), na capital paulista.Segundo o parlamentar, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, deve entregar nesta terça-feira (8) ao Congresso a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Segurança, elaborada pelo governo federal. O texto tem como objetivo coordenar o combate ao crime organizado com ações integradas entre União, estados e municípios.Motta adiantou que o conteúdo da proposta será analisado com atenção pela Casa e poderá ser aprimorado. “Receberemos essa PEC e vamos nos debruçar sobre ela para ver o que é possível melhorar. Precisamos discutir o modelo de segurança pública que queremos implementar para dar uma resposta à sociedade. Caso contrário, corremos o risco de perder o país para o crime organizado”, alertou.O presidente da Câmara criticou a resistência inicial de alguns parlamentares em relação à proposta por ter origem no Executivo. “Infelizmente, há um preconceito quando uma proposta vem do governo. Às vezes nem se conhece o texto, e já se diz que não presta. Vamos ter calma”, defendeu. Para Motta, a iniciativa de um projeto dessa complexidade deve partir mesmo do Poder Executivo, cabendo ao Congresso promover os ajustes necessários.A PEC da Segurança foi apresentada pela primeira vez por Lewandowski no ano passado, durante reunião no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e governadores. Na ocasião, a proposta enfrentou resistência dos estados, que temiam uma possível interferência da União sobre as forças de segurança estaduais.Uma nova versão do texto foi apresentada em janeiro deste ano e é essa que será encaminhada agora ao Congresso.Depois de protocolada, a proposta passará pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), presidida em 2025 pelo deputado Paulo Azi (União-BA). Em seguida, será avaliada por uma comissão especial e, depois, votada em dois turnos no plenário da Câmara. Se aprovada, seguirá para o Senado.Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp