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‘Na Ponta do Lápis’: iniciativa busca ampliar educação financeira e fiscal nas escolas

Segundo dados da CNDL, 47% dos jovens da Geração Z não realiza controle das finanças; principal razão é falta de conhecimento

Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

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Além das áreas fiscais, projetos escolares devem focar nas áreas previdenciária e securitária Reprodução/Agência Brasil

O novo projeto do governo federal quer incentivar e promover ações destinadas à educação financeira, fiscal, previdenciária e securitária na educação básica.

Chamado de “Na Ponta do Lápis”, a ideia é os projetos estejam de acordo com a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e respeitem os aspectos regionais, territoriais, socioeconômicos, étnico-raciais e de gênero.


Uma pesquisa da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) mostrou que 47% dos jovens não realiza o controle das finanças pessoais, e a principal razão é a falta de conhecimento.

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A adesão ao projeto dependerá da assinatura de um termo entre a União e os Executivos estaduais ou do Distrito Federal.


Para isso, os entes federativos deverão indicar um profissional de sua rede de ensino para atuar como coordenador técnico do Programa Na Ponta do Lápis, além de compartilhar informações e dados necessários ao planejamento e à execução das ações de assistência técnica e financeira da União no âmbito do programa.

Além disso, os estados e o DF deverão elaborar um plano de trabalho voltado à elaboração, implantação, fortalecimento e consolidação de ações dedicadas à educação financeira, fiscal, previdenciária e securitária.


Eixos

O programa será organizado a partir de cinco eixos:

  • Governança Interfederativa e Articulação nos Territórios
  • Orientação Curricular
  • Formação de Profissionais da Educação
  • Boas Práticas
  • Monitoramento e Avaliação

Para cada um dos eixos, o Ministério da Educação definirá as ações prioritárias, de acordo com as características e necessidades de cada território, em colaboração com as secretarias estaduais, distrital e municipais de educação.


Orientação Curricular

Esse eixo tem como objetivo oferecer às escolas, redes e sistemas de ensino subsídios técnicos para a estruturação do currículo — em consonância com a BNCC — e para o planejamento de ações pedagógicas voltadas à educação financeira, fiscal, previdenciária e securitária.

A iniciativa será feita por meio das seguintes estratégias:

  • Elaboração e publicação da Matriz Nacional de Saberes do Programa Na Ponta do Lápis para o ensino fundamental e médio;
  • Elaboração e disponibilização de materiais de referência para apoio à prática pedagógica;
  • Disponibilização de plataforma para acompanhamento e avaliação da aprendizagem dos estudantes.

Formação de Profissionais da Educação

Este eixo tem como finalidade organizar os esforços para apoiar a realização e a melhoria contínua das práticas pedagógicas nas áreas de educação financeira, fiscal, previdenciária e securitária, por meio das seguintes estratégias:

  • Oferta, por parte do Ministério da Educação, de ações de formação continuada;
  • Elaboração e disponibilização de materiais de apoio à formação continuada, para serem utilizados por sistemas, redes de ensino e escolas, durante as discussões do projeto político-pedagógico e nas formações em serviço no ambiente escolar.

Boas Práticas

Este eixo busca organizar os esforços de identificação, sistematização, reconhecimento e disseminação de práticas exitosas nas áreas de educação financeira, fiscal, previdenciária e securitária, por meio das Olimpíadas de Educação Financeira, Fiscal, Previdenciária e Securitária.

Monitoramento e Avaliação

Esse eixo tem como finalidade organizar os esforços de avaliação do processo de implementação e dos resultados de aprendizagem relacionados ao Programa Na Ponta do Lápis, por meio das seguintes estratégias:

  • Elaboração e execução de um Plano de Monitoramento, incluindo a fase de adesão das redes e sistemas de ensino ao programa, bem como ações de orientação curricular, formação continuada e boas práticas;
  • Realização de um Ciclo Anual de Avaliação das Aprendizagens, com uso de plataforma virtual e sistematização de resultados no nível das escolas, redes e sistemas de ensino;
  • Realização de pesquisa nacional bienal para avaliar as percepções e experiências de professores e estudantes da educação básica nas áreas de educação financeira, fiscal, previdenciária e securitária.

Dinheiro guardado, mas sem planejamento

Pouco mais da metade dos jovens entrevistados (52%) possui algum dinheiro guardado. As principais motivações para essa reserva financeira são: imprevistos (33%), viagens (21%) e a compra da casa própria (19%).

A maioria (85%) afirmou que guardou os próprios recursos, enquanto 20% disseram que o dinheiro veio dos pais.

Apesar disso, a pesquisa revela que 75% dos jovens não se preparam para a aposentadoria.

Entre os que adotam alguma forma de preparação, as estratégias mais citadas foram: aplicação em poupança (26%), contribuição ao INSS pela empresa (21%) — que não depende de iniciativa própria —, Previdência Privada (21%), abertura do próprio negócio (21%) e contribuição ao INSS como autônomo (19%).

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