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‘Não tem por que temer acusação dos EUA’, diz Lula: ‘Cada um toma conta do seu ninho’

Petista reforçou que ‘Lulinha paz e amor’ está disposto e negociar com Trump e voltou a pedir que norte-americano respeite o Brasil

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Lula critica tarifa de 50% imposta por Trump a produtos brasileiros.
  • Refere que Trump não foi eleito para ser “imperador do mundo” e pede respeito ao Brasil.
  • Governos do Brasil e EUA tentam negociar a situação, com ações na OMC.
  • Lula se apresenta como aberto a negociações, enfatizando a importância de dialogar.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Lula diz esperar que Donald Trump perceba a necessidade de negociar HUMBERTO BISPO/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 03.09.2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar nesta terça-feira (2) o tarifaço imposto por Donald Trump a produtos brasileiros comprados pelos Estados Unidos.

Lula declarou novamente que o norte-americano não foi “eleito para ser imperador do mundo”, destacou que o comportamento de Trump é “inacreditável”, mas reforçou que “o Lulinha paz e amor” está pronto para negociar.


“Eu acho que não tem por que ficar temendo acusação americana. O que está acontecendo com os Estados Unidos é que ele [Trump] exacerbou qualquer coisa que a gente tinha conhecimento na história da humanidade. Um governo se meter a julgar o comportamento da Justiça de outro país é um negócio inacreditável. Eu acho que as pessoas precisam aprender a respeitar”, afirmou a jornalistas, na saída do velório do jornalista Mino Carta, em São Paulo (SP).

A tarifa de 50% sobre itens brasileiros exportados para os EUA foi anunciada por Trump em 9 de julho e passou a valer em 6 de agosto.


“Cada um toma conta do seu terreiro. Cada um toma conta do seu ninho. E eu vou repetir aqui: o Trump não foi eleito para ser imperador do mundo. Ele foi eleito apenas para ser presidente dos Estados Unidos da América do Norte”, criticou Lula.

Negociações

Desde a determinação do republicano, o governo brasileiro tenta reverter a sobretaxa. As negociações com os norte-americanos e com os setores brasileiros mais afetados são comandadas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.


“Ele [Trump] tem direito a criar as taxas, mas tem regra. Nós temos uma OMC [ (Organização Mundial do Comércio)], por isso tem que ser respeitado. Por isso que o Brasil já recorreu à OMC”, acrescentou.

Além de manter diálogo, o governo de Lula acionou a OMC contra a decisão de Trump e anunciou um pacote de socorro às empresas mais atingidas. Em outra frente, a gestão petista prioriza a abertura de mercados com outros países.


“A gente vai utilizar todos os mecanismos legais. Eu tenho o Alckmin, tenho o [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad, e tenho o [ministro das Relações Exteriores], Mauro Vieira, negociando”, reforçou Lula, ao ressaltar que segue aberto a negociar com os EUA.

“Falei outro dia em uma entrevista: se o Trump estiver disposto a negociar, o Lulinha paz e amor está de volta. Porque eu nasci na minha vida política, negociando, perdi negociando, ganhei negociando, mas é a forma mais responsável e mais justa possível. É você sentar em torno de uma mesa, tirar suas divergências e que vença aquele que tiver mais razões e argumentos”, destacou o petista.

O presidente voltou a dizer, ainda, que não tem “nenhum interesse em brigar” com os EUA e declarou esperar que Trump perceba a importância de negociar.

“Eu tenho interesse de fazer com que essa amizade de 201 anos possa conviver democraticamente mais 201 anos. Eu, sinceramente, estou no aguardo de que, em algum momento, vai acontecer alguma coisa na cabeça do presidente [Trump] e ele vai perceber. ‘Puxa vida, eu tenho que negociar’. Não só com o Brasil, mas com a China, a Índia, a Venezuela. Negociar com todo mundo”, defendeu.

“Porque o mundo de paz que nós queremos construir depende de nós. Não depende de ninguém, só depende de nós. E o Brasil faz parte de uma parte do continente que é tido como zona de paz. E a gente não quer encrenca nem guerra”, completou Lula.

Representação nos EUA

Na semana passada, o governo do petista contratou o escritório de advocacia americano Arnold & Porter Kaye Scholer LLP para atuar nos Estados Unidos e representar o Brasil nas ações que envolvem o tarifaço de Trump.

O contrato, feito por meio da AGU (Advocacia-Geral da União), poderá custar, no máximo, US$ 3,5 milhões, cerca de R$ 19 milhões, por até 48 meses.

Perguntas e Respostas

Qual foi a crítica de Lula em relação à tarifa imposta por Donald Trump?

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros imposta por Donald Trump, afirmando que o norte-americano não foi “eleito para ser imperador do mundo” e que seu comportamento é “inacreditável”. Lula destacou que o Brasil deve ser respeitado e que não há razão para temer acusações dos EUA.

O que Lula disse sobre a negociação com Trump?

Lula afirmou que está disposto a negociar com Trump, mencionando que “o Lulinha paz e amor está de volta”. Ele ressaltou a importância de sentar à mesa para discutir divergências e que a negociação é a forma mais responsável de resolver conflitos.

Como o governo brasileiro está lidando com a tarifa de Trump?

O governo brasileiro, sob a liderança do vice-presidente Geraldo Alckmin, está tentando reverter a sobretaxa. Além de manter diálogo, o Brasil acionou a Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a decisão de Trump e anunciou um pacote de socorro para as empresas mais afetadas.

Qual é a expectativa de Lula em relação à relação com os EUA?

Lula expressou seu desejo de que a amizade entre Brasil e EUA, que dura 201 anos, continue de forma democrática. Ele espera que Trump perceba a importância de negociar não apenas com o Brasil, mas também com outros países como China, Índia e Venezuela.

O que foi contratado pelo governo brasileiro para lidar com a tarifa?

O governo brasileiro contratou o escritório de advocacia americano Arnold & Porter Kaye Scholer LLP para representá-lo nas ações relacionadas à tarifa imposta por Trump. O contrato, feito pela Advocacia-Geral da União (AGU), pode custar até US$ 3,5 milhões, cerca de R$ 19 milhões, por até 48 meses.

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