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R7 Brasília

Pacote anti-STF: apenas limite às decisões monocráticas deve avançar, diz líder do governo

Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou na semana passada propostas que alteram a atuação do Supremo

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Guimarães se reuniu com Lula e demais líderes Lula Marques/Agência Brasil - 23.8.2023

O líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado José Guimarães (PT-CE), declarou nesta segunda-feira (14) que, dos projetos do chamado “pacote” anti-STF (Supremo Tribunal Federal), apenas a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que limita decisões monocráticas de ministros deve avançar no Congresso Nacional. Segundo o parlamentar, as demais propostas devem ser engavetadas.

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Guimarães conversou com jornalistas no Palácio do Planalto, depois de se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os demais líderes do governo no Legislativo. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política do Executivo, também participou da reunião.

Padilha destacou o posicionamento do governo em relação ao tema. “Sempre defendemos que o Congresso Nacional esteja concentrado em propostas para o crescimento do país, essa deve ser a prioridade absoluta. Qualquer outro tema neste momento não deveria ser discutido. O foco deve ser a regulação da reforma tributária, medidas que sustentam o crescimento econômico e a transição ecológica”, criticou.

Na última quinta (10), a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovou propostas que limitam a atuação do STF. Presidido pela deputada de oposição Caroline de Toni (PL-SC), o colegiado tem dado celeridade na análise do combate ao chamado “ativismo judicial”.


Em votações ao longo de quase nove horas, a CCJ aprovou a limitação de decisões individuais de ministros do STF, a autorização para o Congresso revogar decisões da corte e alterações na lei de impeachment dos magistrados. As propostas tiveram posicionamentos favoráveis de, no mínimo, 30 deputados.

As aprovações dos textos vêm na esteira de uma série de decisões do Supremo que incomodaram o Congresso, como a suspensão do pagamento de emendas parlamentares, a retirada da desoneração da folha de pagamento, a descriminalização do porte da maconha para uso pessoal e a inconstitucionalidade do Marco Temporal de terras indígenas.

A maioria dessas ações já é discutida entre Legislativo e Judiciário, mas as propostas são usadas por parlamentares como justificativa para o posicionamento contrário ao STF.

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