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PGR vê tentativa de Eduardo Bolsonaro de intimidar STF com apoio dos EUA

Pai do parlamentar terá que utilizar tornozeleira eletrônica e obedecer toque de recolher

Brasília|Do R7, em Brasília

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Eduardo Bolsonaro está nos EUA desde fevereiro Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Arquivo

A PGR (Procuradoria-Geral da República) afirmou que, desde o início do ano, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) vem, “de forma reiterada e pública, afirmando que está se dedicando a obter do Governo dos Estados Unidos a imposição de sanções contra integrantes do Supremo Tribunal Federal, da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Federal”

A autoridade judiciária também aponta que essas manifestações têm se intensificado à medida que a ação penal do golpe contra o ex-presidente Jair Bolsonaro avança no STF.


RESUMO DA NOTÍCIA

  • Filhos de Jair Bolsonaro comentaram sobre medidas cautelares impostas ao ex-presidente.
  • Entre as restrições, destacam-se o uso de tornozeleira eletrônica e um toque de recolher.
  • Medidas foram aplicadas após vídeo de Bolsonaro com Donald Trump ser publicado.
  • Bolsonaro está proibido de acessar redes sociais e se aproximar de embaixadas.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Na ação, em que Bolsonaro foi denunciado como líder de uma organização criminosa articulada para atentar contra o Estado Democrático de Direito, o regime democrático e o funcionamento dos Poderes.

A PGR destaca que essas manifestações ocorrem, sobretudo, por meio de postagens em redes sociais, que reverberam em outros canais de mídia, além de entrevistas concedidas diretamente à imprensa.


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“Há um manifesto tom intimidatório contra os que atuam como agentes públicos, de investigação e de acusação, bem como contra os julgadores da Ação Penal, percebendo-se o propósito de se obter providências impróprias diante do que o sr. Eduardo Bolsonaro parece acreditar ser uma provável condenação”, afirma a PGR.

O trecho destacado por Moraes em sua decisão também aponta a existência de uma “motivação retaliatória” nas ameaças dirigidas a membros da corte, da Polícia Federal e da PGR. Segundo a autoridade, essas ações colocam em risco inclusive os familiares dessas pessoas.


“As punições estariam prontas para serem implementadas, gradual ou imediatamente, contra autoridades que investigam a ele próprio, seu pai e correligionários”, afirma o documento.

A PGR reforça que as publicações de Eduardo Bolsonaro ocorrem majoritariamente nas redes sociais, com ampla repercussão em outros meios de comunicação.


PF reforça argumentos

Além disso, a Polícia Federal disse que ações do parlamentar licenciado se intensificaram nas últimas semanas em meio ao avanço da ação contra Bolsonaro.

“O parlamentar licenciado passou a repostar em seu perfil nas redes sociais conteúdos em inglês, com o claro intuito de alcançar o público internacional, bem como interferir e embaraçar o regular andamento da AP 2668/DF”, afirmou a corporação.

A PF acrescenta ainda que Eduardo Bolsonaro “atuou junto ao governo americano para impor sanções ao Brasil, com o objetivo de gerar instabilidade política e econômica”. “O encerramento da mencionada ação penal beneficiaria diretamente seu genitor e financiador, Jair Bolsonaro”, conclui.

Moraes manda Bolsonaro usar tornozeleira

As manifestações da PGR e da PF constam da decisão desta sexta-feira (18) do ministro Alexandre de Moraes que autorizou buscas em endereços de Bolsonaro e do PL (Partido Liberal).

Além disso, o ministro determinou o uso de tornozeleira eletrônica e impôs toque de recolher ao ex-presidente.

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