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Para quarta dose, Anvisa incentiva desenvolvimento de novas vacinas

A agência enfatizou os benefícios das doses de reforço e reiterou que os imunizantes atuais oferecem proteção contra casos graves

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Quarta dose ainda não é alvo de discussão do Ministério da Saúde
Quarta dose ainda não é alvo de discussão do Ministério da Saúde Quarta dose ainda não é alvo de discussão do Ministério da Saúde

Em meio à discussão sobre a necessidade de uma quarta dose contra a Covid-19, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu, nesta quinta-feira (10), um posicionamento no qual sugere o desenvolvimento de novas vacinas com outras abordagens tecnológicas. É decisão do Ministério da Saúde incorporar ou não uma quarta aplicação das vacinas já incluídas no PNI (Programa Nacional de Imunização). 

"Os reguladores globais incentivam a comunidade científica internacional e os desenvolvedores de vacinas a procurar abordagens alternativas às vacinas monovalentes", afirmou a Anvisa, por meio de nota oficial. "Na visão dos reguladores, as empresas devem explorar a viabilidade de desenvolver vacinas variantes bivalentes ou multivalentes, para determinar se elas oferecem vantagens às vacinas monovalentes", destacou.

A dose de reforço ao esquema primário é defendida pela reguladora. "Está se tornando cada vez mais claro que uma dose de reforço da vacina é necessária para estender a proteção contra as formas graves da doença."

Sem opinar pela inclusão de uma quarta dose no Brasil, a Anvisa apenas destacou que as atuais vacinas aprovadas pela agência, na forma de registro ou uso emergencial, oferecem "proteção considerável contra hospitalização e óbitos causados por infecção pela variante Ômicron."

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A reguladora pondera que uma estratégia de longo prazo, como a que prevê aplicações periódicas, é uma discussão global e que "exigirá coordenação entre os tomadores de decisão em saúde pública em todos os níveis". 

Por enquanto, o Ministério da Saúde descarta a inclusão de uma quarta dose, mas é possível que a aplicação seja a "dose de 2022" do imunizante. O tema é motivo de debate na Secovid (Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19) e o objetivo da pasta, segundo o ministro Marcelo Queiroga, é "garantir que todas as doses necessárias que sejam recomendadas pelos técnicos sejam disponibilizadas para a população brasileira". 

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Na contramão, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou que o estado implementará a estratégia de mais uma dose, independentemente do que decidir o Ministério da Saúde, mas que o início das aplicações não seria imediato. Queiroga avaliou a novidade como mais uma interferência em decisões que estão no escopo federal, mas disse não temer um movimento coordenado nesse sentido por parte de outros governadores, já que cabe ao governo federal distribuir novas doses. 

Na avaliação de Queiroga, a discussão de mais uma dose é precipitada e é preciso se concentrar em imunizar as pessoas com a dose de reforço. A cobertura vacinal da terceira dose está em 30% do público apto a receber os imunizantes.

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