A Polícia Civil deflagrou na manhã desta quarta-feira (14) a Operação Téssera para cumprir 43 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a suspeitos de integrar a cúpula de uma organização criminosa que promovia jogo do bicho em várias regiões administrativas do Distrito Federal. Em seguida, lavavam o dinheiro obtido com as apostas.
Ao todo, 300 policiais foram mobilizados. Segundo as investigações da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, o grupo mantinha uma divisão de tarefas bem definida. A ação mirou setores da organização, como direção, contabilidade, gerenciamento, segurança e recolhimento de valores não só no DF, mas também Rio de Janeiro e Goiás.
Operação Téssera
Parte da arrecadação milionária com o crime era remetida ao Rio de Janeiro, onde mora o líder da organização. Ele viria periodicamente à capital federal para acompanhar o trabalho e conferir as cédulas. No Rio, ele mantém uma loja de revenda de carros, usada no esquema de lavagem de dinheiro.
Os investigados vão responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e pela contravenção penal de exploração do jogo do bicho. Somadas, as condenações podem chegar a 18 anos de prisão. O nome da operação, Téssera, significa “bilhete” em latim, e faz alusão aos comprovantes de apostas do jogo do bicho.