PCDF mira grupo que fraudava pagamentos de água e luz
Polícia busca mais provas para identificar integrantes do grupo que falsificava dívidas em contas da Caesb e da Neoenergia
Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília
Depois de oito meses de investigação, a Draco (Delegacia de Repressão ao Crime Organizado), do Distrito Federal, deflagrou na manhã desta segunda-feira (6) uma operação contra uma associação criminosa que fraudava o pagamento de dívidas com a Caesb e a Neoenergia, gerando prejuízos às empresas.
Os agentes estão nas ruas do DF para reunir mais provas dos crimes e identificar integrantes do grupo. A apuração da "Operação Subterfúgio" aponta que as fraudes ocorriam há pelo menos dois anos.
De acordo com os investigadores, o esquema era operado em três etapas. Primeiro, os estelionatários identificavam donos de imóveis que tinham dívidas elevadas nas contas de água e luz. Os criminosos cooptavam esses proprietários a transferir o imóvel para o nome de um terceiro e assim se livrar do débito.
Essa transação era fraudulenta, já que todos os documentos, como contratos e procurações, eram falsificados. O laranja, suposto novo titular da dívida, não tinha qualquer intenção de pagar o débito.
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Depois dessa movimentação, os estelionatários solicitavam às empresas que retomassem o fornecimento de água e luz para os imóveis, então repassados ao nome de parentes dos clientes cooptados. Como não pagavam a dívida, as concessionárias ficavam no prejuízo.
Os envolvidos responderão pelos crimes de associação criminosa, estelionato, falsidade ideológica e falsificação de documentos. Caso sejam condenados, poderão pegar até 20 anos de prisão.